[ad_1]
Nos 17 álbuns que lançou durante os seus 26 anos de carreira, não é exagero dizer que Raul Seixas construiu o rock nacional. O volume número 16 da Coleção Folha Rock Stars, que chega às bancas neste domingo (18), mostra a importância do cantor e compositor ao abrir caminho para o gênero por aqui.
Claro que ele teve inegável ajuda de nomes como Os Mutantes e Rita Lee, mas seu caminho foi peculiar. Enquanto os meninos paulistanos praticavam uma mistureba sonora que contemplava muita coisa diferente, inclusive as novas tendências que o rock gringo experimentava pelo mundo, o baiano Raul pegou o rock original, aquele do Elvis Presley, e foi acrescentando ritmos dançantes nordestinos, como o baião e o xaxado.
Como o jornalista Antônio Carlos Miguel explica no livro, “a original mistura de rock com Brasil segundo Raul está entre as explicações para a sua música ter conquistado tanto o nicho do público roqueiro quanto o povão”. E poucos artistas foram tão populares quanto Raul nos anos 1970.
O sucesso foi tanto que fez surgir em vários cantos do Brasil sósias que se dedicavam a imitá-lo em shows. Um tipo de tributo que no cenário internacional só tem paralelo com Michael Jackson e o próprio Elvis.
No caso brasileiro, a onda cover foi tamanha que muitos mal-intencionados se apresentavam em lugares distantes dos grandes centros como se fossem o próprio Raul, escondidos debaixo dos indefectíveis óculos, bigode e cavanhaque.
O mais impressionante é o artista ter conquistado tanta penetração trazendo em suas letras conceitos pouco conhecidos do grande público, como religiões orientais e ideias de pensadores sofisticados como o filósofo alemão Friedrich Nietzsche e o ocultista britânico Aleister Crowley.
Em seus shows, era grande a surpresa de ver multidões cantando versos que falam de onisciência e propõem mudanças radicais na forma como as pessoas se relacionam com o mundo, como, respectivamente, em “Gita” e “Sociedade Alternativa”, duas canções de seu álbum mais poderoso, também chamado de “Gita”, de 1974.
As letras de ambas as músicas foram escritas em parceria com Paulo Coelho. Raul e o escritor brasileiro mais bem-sucedido no exterior produziram 33 músicas, e o livro da coleção analisa essa relação de irmandade que não evitou o surgimento de problemas sérios entre os dois.
Depois de sua morte precoce, aos 44 anos, em 1989, o culto a Raul só aumentou. E criou um bordão gritado no país inteiro: “Toca Raul!”. É a maneira debochada que as plateias encontraram para reclamar quando artistas de rock não conseguem mostrar no palco músicas que as deixem satisfeitas. Raul é rock, rock é Raul.
COMO COMPRAR
Site da coleção: rockstars.folha.com.br
Telefone: (11) 3224-3090 (Grande São Paulo) e 0800 775 8080 (outras localidades)
Frete grátis: SP, RJ, MG e PR (na compra da coleção completa)
Nas bancas: R$ 25,90 cada volume
Caixa de colecionador com coleção completa: R$ 538,80 ou em até 12x de R$ 44,90
Coleção completa: R$ 514,80 ou 12x de R$ 42,90
Lote avulso com 5 livros: R$ 129,50 ou 12 vezes de R$ 10,79
Assinantes Folha e UOL têm 10% de desconto
[ad_2]
Fonte: Uol