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Pedro Melim Alonso realiza a segunda prova da Universidade de Campinas nesta segunda-feira. Ele integrou o quadro do Caldeirão do Huck em 2020. Pedro Melim Alonso participou do quadro ‘Pequenos Gênios’, do Caldeirão do Huck, em 2020
Reprodução/YouTube
Apesar da pouca idade, Pedro Melim Alonso já tem chance de frequentar uma das maiores universidades do país. O jovem, que é autista, forma-se no ensino médio neste ano. Superdotado, o menino participou do quadro “Pequenos Gênios”, do Cadeirão do Huck, em 2020.
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A pedagoga Pricilla Melim Alonso, mãe de Pedro, o acompanhou no local de provas, em Campinas (SP). A aplicação começou às 13h.
“Esse ano ele passou na primeira fase na Fuvest e Unicamp (…) Não tem nem o que falar, a gente fica muito orgulhoso. Acredito que ele vai passar”.
O menino já prestou o vestibular no ano passado, como treineiro, e agora realiza a prova para valer, já que está no terceiro ano do ensino médio. Ele é cerca de dois anos mais novo que os colegas de sala.
Pricilla Melim Alonso é mãe de Pedro, jovem autista e superdotado que realiza a segunda fase da Unicamp nesta segunda-feira
Bárbara Marques/g1
“O Pedro tem memória fotográfica, então não precisa estudar muito, mas tem que participar das aulas, não pode faltar. O que o professor fala ele já grava, mas nesse último mês ele estudou um pouco a mais”.
Tímido, o jovem não quis da entrevista e se antecipou ao ir para sala. A pedagoga reforça a importância da inserção na faculdade e dos desafios que os autistas ainda precisam superar para aceitação social.
“Infelizmente, as pessoas têm uma outra forma de ver o autismo. Acha que são crianças que batem a cabeça, ficam gritando e berrando. Não é assim. O autismo tem três níveis e todos têm condições de superar as deficiências”.
“Acho que nossa sociedade ainda é pobre em relação a isso [de informação], tem que se informar, aprender mais e respeitar as diferenças”, concluiu a pedagoga.
Mudança de curso
Felipe Moreira Santos já é estudante da Unicamp, mas quer mudar de curso e encarou de novo o vestibular
Bárbara Marques/g1
O paulistano Felipe Moreira Santos cursa engenharia mecânica desde 2022 na Unicamp, mas quer mudar para engenharia química. Só que perdeu o prazo para pedir a transferência e está encarando, novamente, o temido vestibular.
Apesar da situação para tentar trocar de curso, o estudante não relatou dificuldades com a prova.
“Estudei menos que todo mundo, porque ainda estava fazendo as disciplinas da engenharia mecânica. (…) A prova de ontem eu achei bem tranquilo, e a primeira fase também”, completou.
Sonho distante… só em quilômetros
Luísa da Rosa Coluci é de Passo Fundo e viajou para Campinas para o vestibular da Unicamp
Bárbara Marques/g1
Luísa da Rosa Coluci, de 19 anos, viajou de Passo Fundo (RS) para Campinas para tentar realizar o sonho de estudar na Unicamp. É a terceira vez que a estudante presta o vestibular da Universidade Estadual de Campinas, mas com uma mudança importante neste ano: o curso.
Nas duas edições anteriores, Luísa buscou vaga em engenharia química, mas em 2023 descobriu que gosta, na verdade, de química especificamente.
“Eu vim ontem, de aeroporto da minha cidade direto para cá. Ainda não tinha passado para segunda fase, então estou bem animada”, resumiu.
Luísa conta que o sonho de estudar na Unicamp tem a ver com a qualidade do ensino da universidade, especialmente na área dela.
Ao lado da mãe, companheira de viagem, Luísa ligou para os parentes para receber votos boa prova antes de entrar para a sala.
2ª Fase
Estão em disputa 2.537 vagas em 69 cursos de graduação na Unicamp, que possui campi em Campinas (SP), Limeira (SP) e Piracicaba (SP).
A segunda etapa do vestibular é composta por questões dissertativas e é dividida em dois dias.
No domingo (3):
Prova de Redação (composta por duas propostas de textos para que o candidato eleja e execute apenas uma proposta);
Prova de Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa, com seis questões;
Prova interdisciplinar com duas questões de língua inglesa e duas questões interdisciplinares de Ciências da Natureza.
Nesta segunda-feira (4)
Comum a todos os candidatos: Prova de Matemática: com seis questões para os cursos das áreas de Ciências Exatas/Tecnológicas; quatro questões para os cursos das áreas de Ciências Biológicas/Saúde e quatro questões para os cursos das áreas de Ciências Humanas/Artes. Prova Interdisciplinar: com duas questões interdisciplinares de Ciências Humanas.
Candidatos da área de Ciências Biológicas/Saúde: prova de Biologia com oito questões e prova de Química, com seis questões.
Candidatos da área de Ciências Exatas/Tecnológicas: prova de Física, com seis questões e prova de Química, com seis questões.
Candidatos da área de Ciências Humanas/Artes: prova de Geografia, com seis questões; prova de História, com seis questões; prova de Filosofia, com uma questão e prova de Sociologia, com uma questão.
Cidades onde a 2ª fase é aplicada
Campinas
Bauru
Guarulhos
Jundiaí
Limeira
Mogi Guaçu
Osasco
Piracicaba
Presidente Prudente
Ribeirão Preto
Santo André
Santos
São Carlos
São José do Rio Preto
São José dos Campos
Sorocaba
Belo Horizonte
Brasília
Curitiba
Fortaleza
Salvador
São Paulo
Vista aérea do campus da Unicamp, em Campinas (SP)
Reprodução/EPTV
Como foi a 1ª fase?
De acordo com a Comvest, 60.241 candidatos fizeram a prova da 1ª fase da Unicamp 2024.
Confira aprovados na 1ª fase do vestibular
A abstenção foi a menor dos últimos 10 anos. A comissão organizadora informou que 6,9% dos inscritos não compareceram para fazer a prova.
Inteligência artificial, racismo, reflexo da colonização nos indígenas, música brasileira sob o regime militar e uso de anabolizantes estão entre os temas abordados na 1ª fase da Unicamp.
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Próximas etapas
7 e 9 de dezembro: Provas de Habilidades Específicas para os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Artes Cênicas, Artes Visuais e Dança. Locais disponíveis no site da Comvest;
29 de janeiro: primeira chamada de aprovados;
30 e 31 de janeiro: convocados deverão efetivar a matrícula online (não presencial) pela página eletrônica da Comvest.
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Fonte: G1
