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Aclamada por amantes de cafés especiais, a pequena casa instalada na rua Ferreira de Araújo dificilmente chama a atenção de quem passa pela região que tem se consagrado por sua gastronomia. Mas o Pato Rei, que surgiu se dedicando a cafés raros e à extração a frio, aos poucos foi desenvolvendo seu cardápio e se tornou uma atração que merece destaque entre os bons restaurantes de Pinheiros.
Do cardápio com cafés e sobremesas criativas e surpreendentes, entrou na programação de bons brunches da cidade, passou a preparar refeições completas ao longo do dia e atualmente permite uma viagem interessante por sabores de diferentes inspirações orientais.
Dado o nome do local, não é tanta surpresa que o prato que ajudou a justificar o reconhecimento ao restaurante é um karê de pato (R$ 82). O peito da ave é servido frito e finamente fatiado por cima de um molho de curry de inspiração japonesa e com pimenta baniwa da Amazônia. A carne é macia e gostosa, a pele tem crocância, e combina bem com o molho de sabor intenso e com o arroz branco que a acompanham.
O okonomiyaki (R$ 36), apresentado como a estrela do brunch, é como uma panqueca de textura variada e sabor marcante. Preparada com repolho e outros vegetais, é sequinha e com toques torrados. Vem com uma cobertura agridoce, com boa acidez e levemente defumada, lembrando um molho barbecue muito delicado. Só faz falta o katsuobushi, raspas de peixe bonito seco que costumam dançar sobre o prato em izakayas japonesas, aumentando o índice de umami.
Um cartaz na parede da cafeteria indica que o omuraissu (R$ 42) é outro entre os destaques. O prato famoso nas redes sociais e popularizado em São Paulo pelo coreano Komah vem com um arroz frito com kimchi (além de porco, cogumelo ou tomate) e coberto com um omelete “perfeito”, anuncia o cardápio. O prato realmente é bem saboroso, mas o ovo servido não veio como o prometido e chegou quase sem cremosidade e sem se desfazer sobre o arroz como prometem as fotos – ainda que estivesse gostoso e combinasse com o bom arroz (que poderia ser mais picante).
A decepção em um almoço recente foi o katsu sando (R$ 40). O sanduíche de porco empanado chegou com carne ressecada e com pouco sabor. A cobertura da fritura parecia desaparecer, e o pão também estava seco, atrapalhando a experiência. O que salvava era o acompanhamento de picles, que o próprio cardápio diz que é importante comer junto.
Mas a chegada das sobremesas ajudou a redimir qualquer falha anterior. A mais famosa da casa é a tem sal no meu caramelo (R$ 14) e mistura uma base de biscoito amanteigado, caramelo cremoso, cobertura de chocolate meio amargo e pitadas de flor de sal. Cheio de complexidade e contrastes, ela vai além do açúcar e já foi comparada a um twix, lembrando muito o que os ingleses conhecem como millionaire shortbread
Além dela, a lemon bar (R$ 24) também combina várias camadas de texturas (bolo e torta) e sabores de toque azedo (limão e cupuaçu), finalizando com uma cobertura de açúcar queimado.
Os doces podem valer a visita para quem ainda está atrás do perfil de cafeteria que deu origem à casa, mas não ofuscam as muitas opções bem interessantes para uma refeição completa a qualquer hora do dia por ali.
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Fonte: Uol