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Cafeterias da região central de São Paulo acumulam prejuízo e novas quedas de energia mais de 48 horas após o início do apagão, na manhã da última segunda (18).
Além de não faturar por dois dias seguidos, os estabelecimentos perderam alimentos perecíveis e temem danos a equipamentos elétricos especializados, que custam caro.
Nesta quarta (20), estabelecimentos que haviam acabado de retomar as operações mais uma vez foram surpreendidos com a falta de energia.
O Empírico Café, na rua Piauí, em Higienópolis, fechou as portas na segunda e na terça. Nesta quarta (20), após quase 48 horas, a energia foi restabelecida e eles conseguiam operar, mas a luz caiu novamente por volta das 12h30.
Além disso, os prejuízos se acumulam. Um dos diferenciais da casa é o café gelado, que fica armazenado em barris e precisa de energia para conservá-lo. Com o apagão, 30 litros da bebida foram para o ralo, assim como alimentos perecíveis, como leites e queijos.
“Nós estávamos preparados para a última semana de verão. Vínhamos de uma crescente absurda e muito produtiva de vendas, batemos recorde de vendas duas vezes na última semana, portanto estávamos muito ansiosos para essa semana. Mas a Enel nos prejudicou”, diz Guilherme Duarte, dono do Empírico.
No Takkø Café, na praça Rotary, bairro de Vila Buarque, a queda inicial durou 24 horas. Por isso, conseguiram operar na terça. Mas, na manhã desta quarta (20), quando o salão já estava cheio de clientes, mais uma vez faltou energia. Ela foi restabelecida cerca de uma hora depois, mas todos os clientes já haviam ido embora.
“A gente está completamente desamparado aqui. Toda hora surge um relato nos grupos do bairro de uma rua que ficou sem [energia]. Aí volta, aí acaba de novo. E aí tem equipamento que pode deixar de funcionar. Então a gente fica nessa tensão o tempo todo”, diz Rodolfo Herrera, sócio oa Takkø.
No recém-inaugurado Malu Café, na rua Martim Francisco, na Santa Cecília, as operações haviam sido retomadas na manhã desta quarta. O estabelecimento, que começou a operar havia menos de duas semanas, precisou fechar as portas por dois dias inteiros.
Nesta quarta, começavam a retomar a produção das comidas, como pães e bolos que são fabricados na própria casa, quando mais uma vez tiveram o fornecimento interrompido, por volta das 12h30.
Em alguns lugares da região, a energia era inconstante. Comerciantes relataram que a rede 220 v não funcionava, apenas a 110 v.
No Naïf Café, na rua Canuto do Val, a máquina de espresso não estava operando. Com isso, o estabelecimento, que fechou por dias dias, cogitava operar nesta quarta servindo apenas coados.
O Café na Prensa procurou a Enel e aguarda retorno da empresa sobre as inconstâncias relatadas nesta quarta.
Na noite de terça (19), a Enel chegou a informar que havia normalizado o fornecimento de energia para todos os clientes que tiveram o serviço afetado na segunda-feira, em função de danos “provocados por terceiros” na sua rede subterrânea.
“A companhia segue trabalhando no local para atender alguns clientes que tiveram o fornecimento impactado ao longo do dia de ontem durante os trabalhos para reparo e reconfiguração da rede elétrica subterrânea que atende a região”, afirmou.
A empresa reforçou que está realizando os últimos testes e seguirá disponibilizando geradores para atender alguns clientes, enquanto finaliza os reparos associados a esse trabalho de reconfiguração da rede.
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Fonte: Folha de São Paulo