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A Petrobras registrou uma queda de 33,8% no lucro líquido de 2023 na comparação com 2022, de acordo com o balanço divulgado nesta quinta (7) pela estatal. A redução também deve levar a uma menor distribuição de dividendos, com a estimativa de despencar 66% frente ao ano anterior.
Segundo a estatal, o lucro líquido em 2023 foi
de R$ 124,6 bilhões, enquanto que, em 2022, o montante chegou a R$ 188,3
bilhões, o maior da série histórica. No quatro trimestre do ano passado, a
Petrobras lucrou R$ 31 bilhões, uma redução de 28,4% na comparação com os
últimos três meses de 2022.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, creditou essa redução do lucro à queda de 18% no preço internacional do petróleo do tipo “Brent”, referência na negociação do óleo. No entanto, afirma que houve um recorde de produção e aumento de investimentos.
“Mesmo neste cenário mais desafiador, batemos recordes atrás de recordes de produção, aumentamos os investimentos, reduzimos a dívida financeira e colocamos em operação quatro novas plataformas neste primeiro ano de gestão”, pontuou.
A redução no lucro da Petrobras também atinge
diretamente o pagamento de dividendos, que se estima chegar a R$ 72,4 bilhões, sendo
que R$ 14,2 bilhões deste montante ainda aguardam aprovação pela Assembleia
Geral Ordinária da estatal, marcada para o dia 25 de abril.
Se o valor total de R$ 72,4 bilhões for
confirmado, será uma redução de 66% na comparação com 2022, quando a estatal
pagou R$ 217 bilhões. Em nota, a Petrobras afirmou que os cálculos utilizados
para apurar os dividendos foram aprovados em uma assembleia em julho do ano
passado.
“A aprovação do dividendo é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia e está alinhada ao compromisso de geração de valor para a sociedade e para os acionistas, assim como às melhores práticas da indústria mundial de petróleo e gás natural”, pontuou.
Os altos dividendos já pagos pela Petrobras foram alvos de fortes críticas do PT, sendo chamados de “indecentes” pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann. Há um ano, ela pregou uma revisão dos valores e o fim do mecanismo em vigor para precificar os combustíveis, o chamado “PPI”, ou Preço de Paridade de Importação, que foi revisto em maio de 2023.
“Agora é construir na Petrobras uma política de
preços mais justa, acabar com PPI [preço de paridade de importação] e rever a
indecente distribuição de dividendos da empresa para ela voltar a investir e
fazer o Brasil crescer”, disse na época sendo apoiada pelo ministro Paulo
Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Outros resultados da Petrobras em 2023
Além do lucro líquido e da possibilidade de
redução dos dividendos, a Petrobras afirmou que conseguiu reduzir a dívida
financeira em US$ 1,2 bilhão (R$ 5,9 bilhões), alcançando um total de US$ 62,6
bilhões (R$ 309 bilhões), considerado controlado pela companhia.
O total de investimentos aumentou 29% na
comparação com 2022, chegando a US$ 12,7 bilhões (R$ 62,6 bilhões), além do
pagamento de R$ 240 bilhões em tributos à União e a outros estados.
“Este é o primeiro ano de uma jornada que levará
a Petrobras a liderar a transição energética justa no Brasil de forma gradual e
consciente. Vamos encarar os desafios aproveitando as sinergias com os nossos
negócios e alavancados nas nossas expertises, nunca negligenciando a geração de
valor econômico, como não poderia deixar de ser para uma empresa que quer
manter-se competitiva e perpetuar valor para as gerações futuras”, completou
Prates.
Ainda segundo a estatal, a produção total própria no pré-sal chegou a 2,17 milhões de barris de óleo equivalente, 10% acima do registrado no ano anterior. Com isso, o pré-sal já representa 78% da produção total da Petrobras.
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Fonte: Notícias ao Minuto