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Cepea, 6/03/2024 – O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, disponibiliza hoje as agromensais de fevereiro de 2024.
Confira aqui!
Abaixo, alguns trechos das análises mensais:
AÇÚCAR: O ritmo de negócios de açúcar cristal branco se manteve firme no mercado spot do estado de São Paulo na primeira quinzena de fevereiro. Nesse período, os preços do adoçante registraram pequenas altas, sustentados pelo avanço da entressafra e pela consequente redução na oferta do cristal do tipo Icumsa até 180. Já a partir da segunda metade do mês, a demanda pelo açúcar cristal branco permaneceu retraída no mercado spot do estado de São Paulo, e, após o preço atingir a casa dos R$ 148/saca de 50 kg na semana do carnaval, compradores afastaram-se do mercado, com alguns agentes adquirindo apenas pequenos volumes para necessidades imediatas. Diante da menor procura, usinas ofertaram o cristal branco a preços mais baixos, mesmo com a oferta restrita neste período de entressafra.
ALGODÃO: O preço do algodão em pluma subiu 9,46% no acumulado de fevereiro/24, a alta mais intensa em um mês desde julho/23, que registrou aumento de 9,73%. O avanço nos valores domésticos foi observado sobretudo na segunda quinzena de fevereiro, quando vendedores, atentos às fortes valorizações externas, passaram a ficar mais firmes nos preços de negociação. Ainda, cotonicultores estão atentos ao bom desenvolvimento do algodão da safra 2023/24, enquanto os que ainda detêm a pluma da temporada 2022/23 buscam boas oportunidades de venda. No geral, a maioria dos vendedores se mostra capitalizada.
ARROZ: Em fevereiro, o Indicador do arroz em casa CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros, pagamento à vista) acumulou queda de 14,24%, com a média mensal passando para R$ 112,79/saca de 50 kg, 11,36% inferior à de janeiro/24, mas 29,3% superior à de fevereiro/23, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI de jan/24). Esse cenário está alinhado ao movimento histórico de redução dos valores no primeiro trimestre do ano devido, sobretudo, ao período de colheita nas principais regiões produtoras do Mercosul.
BOI: Os preços do boi gordo e da carne caíram em fevereiro. Além da maior oferta de animais para abate, a demanda retraída por parte de frigoríficos reforçou a pressão sobre as cotações. Apesar dos valores mais baixos do animal para abate, a instabilidade das vendas no atacado e as escalas alongadas limitaram o interesse comprador em adquirir novos lotes. No acumulado de fevereiro, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 caiu 3,9%, fechando a R$ 235,40/@ no dia 29. No mesmo período, a carcaça casada bovina no atacado da Grande São Paulo se desvalorizou 2,02%, com o quilo cotado a R$ 16,48.
CAFÉ: Os impactos do clima sobre o desenvolvimento das lavouras brasileiras, a proximidade da colheita da safra 2024/25, especulações quanto à produção e os estoques globais resultaram em fortes oscilações nos preços externos e internos do café arábica ao longo de fevereiro. A média do Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, bebida dura para melhor, foi de R$ 1.008,26/saca de 60 kg, leve aumento de 1,8% frente à do mês anterior, mas forte queda de 10,7% em relação à de fev/23.
ETANOL: O mês de fevereiro, o penúltimo da temporada 2023/24, fechou com preços dos etanóis em alta no mercado spot do estado de São Paulo. Para o hidratado, a média mensal do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 2,1402/litro (considerando-se as semanas cheias do mês), aumento de 8,86% em relação à de janeiro. Para o anidro, a elevação foi ainda maior em igual comparativo, de 10,6%, com a média passando para R$ 2,4018/litro.
FRANGO: Apesar da demanda doméstica mais enfraquecida ao longo de fevereiro, os preços da maioria dos produtos de origem avícola acompanhados pelo Cepea registraram alta frente a janeiro. Essa elevação no valor interno foi possível devido ao bom ritmo das exportações brasileiras da carne de frango, tendo em vista que esse contexto ajudou a enxugar a disponibilidade doméstica da proteína.
MILHO: Agentes estiveram cautelosos nas negociações de milho na maior parte de fevereiro. Consumidores priorizaram o uso de estoques, enquanto vendedores estiveram atentos à colheita da safra verão e à semeadura e/ou ao desenvolvimento da segunda safra. Apesar da queda na produção 2023/24, a melhora do clima pode beneficiar as lavouras de verão semeadas tardiamente e também as de segunda safra que estão em período de implantação.
OVINOS: Em fevereiro, os preços do cordeiro vivo caíram na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, refletindo principalmente a fraca demanda pelo produto. A expectativa, porém, é que haja uma melhora na procura ao longo de março, favorecida pela proximidade da Páscoa, conforme relataram colaboradores do Cepea. As quedas de preços em fevereiro aconteceram mesmo com a menor oferta de ovinos nos últimos meses. No Rio Grande do Sul, as cotações caíram 2,5% em relação a janeiro, com a média do vivo passando para R$ 7,80/kg.
SOJA: Os preços da soja tiveram novas quedas em fevereiro, operando em patamares 30% abaixo dos registrados no mesmo período de 2023. Apesar dos problemas climáticos em várias regiões brasileiras e da produção nacional menor que a estimada inicialmente, a oferta ainda se sobressaiu à demanda, pressionando as cotações. Segundo agentes consultados pelo Cepea, além da disponibilidade da oleaginosa não estar tão apertada como apontada por alguns, houve baixo volume de soja comprometido com vendas antecipadas. Vale considerar, ainda, que as maiores produções na Argentina e no Paraguai podem compensar as perdas brasileiras.
TRIGO: Em fevereiro, as importações brasileiras de trigo cresceram com força. Isso porque, ainda que muitos agentes de moinhos se mostrem abastecidos, os compradores ativos no spot buscam o cereal com qualidade superior, cuja oferta é baixa no mercado doméstico – o clima desfavorável prejudicou o desenvolvimento da safra nacional. Como resultado, demandantes acabaram adquirindo a matéria-prima de fora, sobretudo de países do Mercosul.
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Fonte: Cepea