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Aracaju
A estreia da novela “Família é Tudo”, nova trama das sete da Globo, escrita por Daniel Ortiz, trouxe alguns pontos interessantes e outros bem estranhos nesta segunda-feira (4). A novela do autor de produções como “Salve-se Quem Puder” (2020) estreou com algumas questões curiosas.
A primeira delas é o tom. Diferente das chamadas que rolaram os intervalos da programação da emissora nas últimas semanas, “Família é Tudo” é uma nova tipicamente escrita pelo Ortiz para a faixa das sete.
“Família é Tudo” tem o famoso humor farofa e fácil que o autor gosta, e que o público aprovou nas suas últimas produções. A maior prova é a personagem Andrômeda, interpretada (Ramille Xavier), que teve a piada que mais funcionou nesse primeiro capítulo.
Andrômeda sonha em ser cantora de sucesso, e usa o fato de ser herdeira da gravadora de sua avó, a Mancini Music. O texto, bem sacado, faz piada com a meritocracia hierárquica que a jovem tem e sua tentativa de sucesso pelo dinheiro, e não pelo talento. Tem tudo para se destacar.
Já Vênus, que marca a volta de Nathalia Dill às novelas após cinco anos, se trata de mais uma mocinha cheia de qualidades feita por Dill anteriormente, mas com grande carisma.
O tom de sua atuação, nesse primeiro momento, lembra bastante ao que ela adotou em “Alto Astral” (2014), outra novela feita por Ortiz e protagonizada por ela. Mas existe uma boa química com Renato Goés, e isto é inegável já desde as primeiras cenas.
Arlete Salles em dose dupla, como as irmãs gêmeas Frida e Catarina, também foi um bom destaque, ao conseguir mudar o tom da atuação de forma muito competente. Nada além do que uma atriz dela esperava.
Gostei também de Raphael Logan, em seu primeiro papel fixo em novelas. Como vilão em uma atuação contida, mas firma e expressiva, Logan tem tudo para conquistar o público.
O destaque negativo para mim é Thiago Martins. Como Júpiter, o neto playboy, o ator parecia muito acima do tom que a novela pedia. Exageradamente caricato e forçado.
“Família é Tudo” mostra um bom potencial para alavancar um horário que vem em baixa com “Fuzuê”. É uma típica novela das sete, com tudo que tem direito. Drama? Fica para outra hora. É uma novela farofa e bem temperada. Tem potencial e carisma para ir bem.
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Fonte: Uol