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Jon Stewart retornou na noite desta segunda-feira como apresentador do “The Daily Show”, o programa de sátira de notícias da Comedy Central que ele transformou em uma força cultural antes de sair em agosto de 2015. Foi o início de um plano, anunciado em janeiro, que trará Stewart de volta ao programa às segundas-feiras até a eleição presidencial.
Um festival de sarcasmo da cultura pop, originalmente sob o comando de Craig Kilborn, “The Daily Show” evoluiu para uma sátira moderna depois que Stewart assumiu em 1999, e se tornou uma fonte de notícias para parte de seu público, mesmo quando Stewart mantinha que seu objetivo principal era entreter, não informar.
Ele também foi um prolífico incubador de talentos: ex-alunos como Stephen Colbert, John Oliver, Samantha Bee e Hasan Minhaj passaram a apresentar seus próprios programas. Outros, como Steve Carell, Ed Helms e Jessica Williams, encontraram sucesso em Hollywood. (No Brasil, o sucesso ecoa entre programas como “Greg News”, com Gregório Duvivier no comando, e os quadros de piadas com notícias nos talk shows de Danilo Gentili.)
“Por que estou de volta?”, disse Stewart no programa. “Cometi muitos crimes. Pelo que entendi, os apresentadores de talk show têm imunidade —não faz muito sentido, mas discuta isso com os fundadores.”
A primeira noite de Stewart de volta o encontrou mais grisalho —em um momento, ele usou seu próprio rosto envelhecido como adereço em uma piada sobre as idades dos candidatos presidenciais. Mas ele estava em sua forma clássica.
Abrindo com “agora, onde eu parei?”, Stewart misturou bobagens e absurdos, piadas muitas vezes autodepreciativas com indignação justa ao iniciar a edição de 2024 de uma das franquias mais marcantes do programa, sua cobertura eleitoral “Indecision”, ou indecisão.
Os títulos propostos, ele disse, incluíam “Indecision 2024: American Demockracy”; “Indecision 2024: Electile Dysfunction”; e “Indecision 2024: Antiques Roadshow”. Ele improvisou, a partir de sua perspectiva familiar de esquerda, sobre o Super Bowl e as teorias da conspiração de Taylor Swift que o cercaram.
“É quase como se a ridícula obsessão da direita em politizar todos os aspectos da vida americana arruinasse tudo”, ele disse.
Mais tarde, ele apresnetou uma parte com os correspondentes do programa Ronny Chieng, Desi Lydic, Michael Kosta e Dulce Sloan falando diretamente do mesmo restaurante, uma brincadeira com o clichê da cobertura de campanha. Eles e Jordan Klepper se revezarão como apresentadores do programa de terça a quinta-feira. A convidada foi Zanny Minton Beddoes, editora-chefe da The Economist.
Em certo sentido, Stewart é o mais recente de uma série de substitutos famosos que apresentaram “The Daily Show” desde que Trevor Noah saiu em dezembro de 2022. É claro que Stewart é a pessoa que, ao longo de 16 anos como apresentador, transformou “The Daily Show” no programa mais vital e influente da noite.
Foi outro ex-correspondente do “Daily Show”, Noah, que sucedeu Stewart como apresentador. Mas as classificações e o perfil do programa diminuíram, parte de uma queda geral na relevância cultural dos programas noturnos na era do streaming.
Ao mesmo tempo, os próprios esforços profissionais de Stewart após o “Daily Show” foram pouco notáveis. Um acordo para desenvolver um programa animado atualizado para a HBO não deu em nada, e seu talk show para a Apple TV+, “The Problem With Jon Stewart”, terminou no ano passado após 20 episódios, quando Stewart e os executivos da Apple discordaram em relação à direção criativa do programa.
Houve talvez uma referência sutil ao trabalho anterior de Stewart no “The Daily Show” na noite de segunda-feira. “Vamos ter tanto para falar este ano”, ele disse. “Obviamente, as eleições, talvez falemos sobre a China, talvez falemos sobre IA, talvez algo um pouco mais leve, Israel-Palestina.” Inteligência artificial e China foram dois dos assuntos que causaram atrito em “The Problem”.
“The Problem” nunca ganhou muito destaque, além de render alguns clipes de entrevistas virais e receber uma indicação ao Emmy no ano passado na categoria de melhor programa de variedades. Em uma reviravolta, esse prêmio foi para “The Daily Show”, a única vez que a versão de Noah venceu. O “Daily Show” de Stewart ganhou o prêmio de melhor programa de variedades dez vezes seguidas, de 2003 a 2012.
Em uma entrevista no “CBS Mornings” na segunda-feira, Stewart disse que está retornando ao “The Daily Show” porque quer uma plataforma durante as eleições.
“Eu realmente queria ter algum lugar para compartilhar pensamentos à medida que entramos nesta temporada eleitoral, e pensei que faria isso na, eles chamam de, Apple TV+”, disse ele. No entanto, acrescentou, “eles sentiram que não queriam que eu dissesse coisas que pudessem me causar problemas”.
“Eu só pensei, quem melhor para comentar sobre esta eleição do que alguém que realmente entende dois homens envelhecidos além de seu auge?”
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Fonte: Uol