[ad_1]
São Paulo
“Todos atentos porque nós entramos em apocalipse. O arrebatamento tem tudo para acontecer entre cinco e dez anos. Procure o Senhor enquanto é possível achá-lo. Obrigada, galera”.
Foram essas palavras alvissareiras que Baby do Brasil achou apropriadas para o Carnaval de Salvador: lembrar aos foliões de que o fim está próximo.
A reação de Ivete Sangalo já entrou para a história. A cantora ficou “perplecta”, para usar a grafia jocosa que a web adotou para escrever “perplexa”. E desancou a colega com elegância: “não tem apocalipse certo”.
Baby ainda pediu a Ivete que cantasse “Pequena Eva” na sequência, mas a baiana preferiu seguir o setlist e foi mesmo de “Macetando”, seu grande hit atual. À outra só restou soltar um “ô, glória”.
Para além da falta de noção de Baby do Brasil, outra coisa me chama a atenção. É a desfaçatez como alguns evangélicos (não todos, claro) esquecem-se do limite entre público e privado, e chegam a desrespeitar a fé alheia com seu, digamos, entusiasmo (não quero dizer fanatismo).
Por todo o Brasil, multiplicam-se ataques a terreiros de religiões de matriz africana. Estátuas de entidades afro-brasileiras são depredadas, enquanto erguem-se monumentos à Bíblia. Bibliotecas públicas proíbem livros como os da saga infanto-juvenil, que falam de feitiçaria.
A cantora fluminense nem participa de uma igreja das mais restritivas. Tem denominações por aí que proíbem qualquer tipo de dança. Na verdade, ela fundou sua própria igreja, o Ministério do Espírito Santo em Nome do Senhor Jesus Cristo.
OK, a treta entre Baby e Ivete não chega aos pés da gravidade de nada disso. Mas me deixou encafifado. Seria um teaser do que vem por aí?
[ad_2]
Fonte: Uol