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De tanto bater cabeça no palco durante os shows do Megadeth, o vocalista da banda precisou fazer uma cirurgia no pescoço. Foi um momento tão dramático que um funcionário da emergência do hospital lhe disse que talvez ele não pudesse mais andar.
Mais de uma década depois da operação, bem-sucedida, Dave Mustaine segue batendo a sua cabeleira loira no palco —uma imagem conhecida por fãs de metal—, só que com menos intensidade, devido à placa de metal e aos parafusos que agora têm no pescoço.
Mas isso não deve afetar a fervura do show que o Megadeth fará em São Paulo dia 18 de abril, em mais uma passagem pelo Brasil da banda que ajudou a criar, na década de 1980, o “thrash metal”, um derivado mais veloz do heavy metal.
Desta vez, os americanos trazem ao país a turnê de seu mais recente disco, “The Sick, the Dying… and the Dead!”, o 16º da carreira, lançado em 2022. “Nós fomos de volta às nossas raízes neste disco. Eu acho que o som das guitarras é realmente bom. Mesmo que você tenha feito uma coisa 15 vezes antes [em referência aos 15 álbuns anteriores], isso significa que a 16ª vai ser melhor. Certo?”, diz o vocalista.
Mustaine, de 62 anos, conta que além das faixas do disco novo o show terá hits antigos. Até aí, já era o esperado. O que muda, segundo ele, é que a música de abertura não vai mais ser a clássica “Hangar 18”, de 1990, e o desenho do palco passará a ser mais tridimensional, deixando de lado o esquema básico de um telão ao fundo.
O show também marca um novo período para a banda, com a saída no final do ano passado de Kiko Loureiro, um respeitado guitarrista brasileiro que estava com o Megadeth desde o disco “Dystopia”, de 2016, trabalho que rendeu ao grupo um Grammy de melhor performance de metal. Seu substituto é o finlandês Teemu Mäntysaari.
De acordo com Mustaine, Loureiro saiu para se dedicar aos seus três filhos e a porta da banda ficou aberta para ele. O vocalista conta ter dito ao ex-guitarrista que tocar no Megadeth era um trabalho importante, mas que os filhos são mais ainda e que ele apoiou a escolha de Loureiro em deixar a banda. “Nós somos amigos.”
Ativo desde meados da década de 1980, o Megadeth definiu o som e a estética do thrash metal, junto a outras três bandas —Slayer, Anthrax e Metallica. Nenhuma delas ficou tão grande quanto o Metallica, mas o Megadeth teve bastante sucesso no começo da carreira e depois nos anos 1990, impulsionado pela trinca de álbuns “Rust In Peace”, “Countdown to Extinction” e “Youthanasia”. A banda nunca parou, embora seus discos da década de 2000 para cá sejam irregulares.
Um elemento constante no Megadeth é a voz anasalada de Mustaine, inconfundível —na entrevista, por áudio, ele soa bastante rouco. O cantor afirma que sua voz mudou por causa da vida e do envelhecimento e que, com o tempo, ficou mais difícil cantar. Contudo, com a ajuda de um profissional, Mustaine diz cuidar bem de sua ferramenta de trabalho.
“As cordas vocais são tipo as cordas de uma guitarra, elas vão esticar com o passar do tempo. Pessoas que cantam muito bem, como a Mariah Carey, cantam uma quantidade extraordinária de notas. Eu não tenho este alcance vocal, mas faço a minha voz funcionar para mim.”
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Fonte: Uol