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Quando se trata de tendências estéticas, as redes sociais adoram um nome chamativo. “Cottagecore” ou “Dark academia”. Vovô eclético. Agora há uma nova entrada no cânone: “bookshelf wealth”, ou riqueza de estante.
No TikTok e em outras plataformas digitais, tem ultimamente havido muito alvoroço sobre pessoas que possuem uma grande quantidade de livros e —isso é crucial— conseguiram organizá-los de maneira agradável.
Se você já viu um filme de Nancy Meyers, o visual pode soar familiar. Aconchegante e acolhedor. Polido, mas não antiquado. Uma lâmpada de bronze aqui. Um vaso vintage ali (com flores frescas, é claro). Talvez haja uma área de estar aconchegante perto da estante do chão ao teto, com um sofá estofado coberto com almofadas decorativas de bom gosto.
Kailee Blalock, uma designer de interiores em San Diego, postou um vídeo no TikTok no mês passado que procurava definir a riqueza de estante e ensinar os espectadores a alcançar a estética em suas próprias casas.
“Esses não são livros de exposição”, Blalock, 26 anos, adverte no vídeo, que foi visto mais de 1,3 milhão de vezes. “Esses são livros que foram realmente selecionados e lidos.”
Esse visual literário, ela continuou dizendo, combina bem com fotos penduradas aleatoriamente nas paredes, às vezes até bloqueando parcialmente as prateleiras, além de padrões de tecido diferentes e um pouco de bagunça.
Em uma entrevista, Blalock expandiu seus conselhos. “Acho que para realmente alcançar o visual e o estilo de vida, alguém tem que ser um leitor ávido e apreciar o ato de colecionar coisas, especialmente arte e escultura”, disse ela.
Embora Blalock não tenha originado o termo “riqueza de estante”, seu vídeo gerou muita discussão online. “O dia em que ‘cultivar’ livros em vez de comprar o que gosto de ler for o dia em que saberei que falhei como ser humano”, comentou um usuário. Outros observaram como a riqueza de estante era menos sobre leitura e mais sobre riqueza comum.
Breana Newton, coordenadora jurídica em Princeton, Nova Jersey, que posta regularmente sobre livros no TikTok, foi uma das pessoas que responderam ao vídeo de Blalock. “Vou mostrar a vocês a riqueza de estante”, diz Newton, 33 anos, em um vídeo próprio. “Preparados?”
Ela então dá aos espectadores um breve tour por sua casa, mostrando livros por toda parte —em prateleiras, em pilhas extras aqui e ali, e espalhados pela cama. Não há a sensação de que os cômodos foram organizados ou que os livros foram comprados considerando como ficariam no Instagram.
Em uma entrevista, Newton disse que se preocupa que tendências como a riqueza de estante incentivem o consumo excessivo. Este ano, ela acrescentou, está tentando não comprar nenhum livro novo.
Outra crítica da tendência, Keila Tirado-Leist, disse em um vídeo de reação: “A quem beneficia ter que nomear e qualificar e associar riqueza a qualquer tipo de estilo ou estética de decoração de casa?”.
Tirado-Leist, criadora de conteúdo de estilo de vida em Madison, no estado de Wisconsin, comparou a riqueza de estante ao “luxo discreto” e à “riqueza silenciosa”, estilos que recentemente causaram sensação nas redes sociais.
Ainda assim, ela entende que o que impulsiona uma tendência de decoração de casa como essa é o desejo de criar um lar que pareça aconchegante. Em outro vídeo, ela descreveu a ideia de camadas —ou seja, adquirir peças aos poucos e construir um visual final, em vez de tentar comprar várias coisas de uma vez só para seguir uma tendência. “Decorar uma casa leva tempo”, disse Tirado-Leist.
Outro usuário do TikTok colocou de forma mais direta em resposta ao vídeo de Blalock: “Riqueza de estante não significa que você tem livros. Significa que você tem estantes embutidas”.
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Fonte: Uol