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Se há algo que se pode dizer sobre o diretor canadense Norman Jewison, morto no último dia 20 aos 97 anos, é que sua obra passeia por vários gêneros cinematográficos. O cineasta dirigiu cerca de 30 filmes, entre produções para a TV e para as telas grandes, e recebeu diretamente sete indicações ao Oscar, quatro como melhor diretor e três de melhor filme (neste caso, os produtores são os indicados pela Academia). A seguir, confira onde assistir a cinco de seus principais filmes. A disponibilidade e os preços nos serviços de streaming foram pesquisados nesta sexta-feira (2).
NO CALOR DA NOITE (1967)
Sidney Poitier é Virgil Tibbs, preso em uma estação ferroviária de Sparta, uma cidadezinha no Mississippi, suspeito do assassinato de um industrial local. Na delegacia, os policiais, todos brancos, descobrem que Tibbs é um investigador da Filadélfia que estava na cidade para visitar a mãe. O superior de Tibbs determina que ele fique em Sparta para ajudar no caso. Embora demonstre experiência em investigações, o detetive enfrenta a resistência do chefe da polícia local, Bill Gillespie, interpretado por Rod Steiger.
Em 1969, o longa foi indicado a sete Oscar e recebeu cinco estatuetas: melhor filme, ator (Rod Steiger), roteiro adaptado, som e edição. Poitier não foi indicado, apesar de sua performance no longa ser apontada como uma das melhores de sua carreira. Tibbs, seu personagem, é o 19º colocado na lista dos 50 heróis memoráveis do cinema do American Film Institute.
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CROWN, O MAGNÍFICO (1968)
Hoje não é possível pensar em outro ator que não seja Steve McQueen na pele de Thomas Crown, mas Jewison cogitou outros intérpretes, como Sean Connery e Rock Hudson. O diretor achava que o personagem era muito diferente do que McQueen já havia mostrado nas telas. Mas a insistência do astro prevaleceu.
No longa, ele é Thomas Crown, um milionário que, por puro tédio, planeja roubar milhões de um banco e fugir para o Rio. Nas o plano perfeito tem um empecilho, Vicki (Faye Dunaway), detetive da seguradora contratada pelo banco, e os dois acabam se envolvendo.
Na obra, Jewison usa a técnica de dividir a tela, mostrando mais de um ponto da ação. Chamada de split, ela também está presente em vários filmes de Brian De Palma. O longa recebeu duas indicações ao Oscar em 1969, melhor música e melhor trilha sonora original, ambos de Michel Legrand, e faturou o primeiro prêmio.
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UM VIOLINISTA NO TELHADO (1971)
Este musical baseado em obra homônima da Broadway se passa na Rússia pré-revolucionária, em uma aldeia fictícia onde convivem as comunidades judaicas e cristã ortodoxa. Nela vivem o camponês judeu Tevye e sua família. Ele decide casar duas de suas filhas, ao mesmo tempo em que o antisemitismo cresce na localidade. Em entrevista, Jewison disse que, em sua visão, o longa “está mais para uma ópera folclórica do que para um musical”. A obra foi indicada a oito Oscar em 1972, inclusive de melhor diretor, e recebeu três estatuetas (som, cinematografia e trilha sonora).
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JESUS CRISTO SUPERSTAR (1973)
Jewison volta aos musicais, ou melhor, mergulha em uma ópera rock ao adaptar um álbum conceitual de Andrew Lloyd Webber e Tim Rice lançado na Inglaterra em 1970 e que já havia sido levado à Broadway. Em entrevistas, o diretor contou que foi apresentado ao disco quando filmava “Um Violinista no Telhado”. Após ouvir obsessivamente a gravação, procurou a Universal, que detinha os direitos da obra. Sem diálogos, apenas com músicas e diálogos cantados, o longa segue a última semana de Jesus e sua relação com Judas. Jewison escalou vários atores que tinham participado da montagem na Broadway. O diretor incorpora à narrativa elementos contemporâneos, como objetos, figurinos e linguagem, com muitas referências à cultura hippie.
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FEITIÇO DA LUA (1987)
Jewison embarcou no mundo das comédias românticas nesta história sobre Loretta (Cher), uma jovem viúva de origem italiana que está noiva, mas se apaixona por seu futuro cunhado, o padeiro Ronny (Nicolas Cage). No elenco também estão Danny Aiello, como o pretendente de Loretta, e Olympia Dukakis. O longa foi indicado a seis Oscar e faturou três: atriz, para Cher, atriz coadjuvante, para Dukakis, e roteiro original.
A luz da lua, presente no título e em várias sequências do longa, era produzida por um dispositivo composto por 196 luzes potentes, presas a uma espécie de guindaste, criado em 1979 pelo diretor de fotografia David Watkin. Apelidado de Wendy, a iluminação passou a ser usada por vários diretores em cenas noturnas, pois era vantajosa pela mobilidade e por iluminar os cenários de maneira uniforme, projetando apenas uma sombra.
ONDE VER
Looke e MGM: para assinantes
NetMovies: gratuito
Apple TV: R$ 11,90 (aluguel) e R$ 24,90 (compra)
Amazon: R$ 11,90 (aluguel) e R$ 39,90 (compra)
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Fonte: Uol