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O nome do prato é espaguete à putanesca ou, em italiano, spaghetti alla puttanesca. Significa? Significa.
A origem da receita, como quase tudo na culinária italiana, é cercada de lendas e histórias pouco críveis. Duas delas relacionam a criação do espaguete à putanesca com a zona do meretrício no bairro espanhol de Nápoles.
Uma delas conta que, no início do século 20, o dono de um bordel quis criar um diferencial para atrair mais clientes –parece que italiano gosta de macarrão até nessas horas– e bolou um molho com tomate, alho, pimenta calabresa, azeitona e alcaparra.
Outra versão atribui a invenção do prato a uma célebre prostituta cujo nome de guerra era Yvette, a Francesa. Ela seria uma pessoa com um senso de humor muito afiado e autoirônico.
De concreto, sabe-se que há várias receitas semelhantes, com diversos nomes, na região costeira que vai das cercanias de Roma até a Sicília. A versão napolitana tornou-se a mais famosa.
É uma preparação facílima, muito rápida e deliciosa. A putanesca mistura sabores bastante intensos, então não é uma comida para todo mundo.
Para otimizar ainda mais o seu tempo na cozinha, trabalhe com força no o mise en place (deixar os ingredientes picados, prontos para ir à panela, antes de ligar o fogão). Em 15 ou 20 minutos está tudo pronto.
Vamos aos ingredientes. Você pode usar tomates frescos ou enlatados, que são melhores do que tomate fresco meia-boca.
A receita italiana pede alcaparras curadas em sal, não no vinagre. Dá para encontrar, mas não é fácil, e faz diferença no sabor. Mas, sério, isso é um preciosismo que até os restaurantes de luxo ignoram.
O parágrafo anterior vale também para as azeitonas. Em tese, devem ser da variedade italiana gaeta. Use qualquer azeitona preta. Fica mais fácil se já comprar sem caroço.
Algumas versões, em especial as romanas, incluem uns poucos filé de aliche. Eles vão se dissolver e temperar o molho, sem dar gosto de peixe.
Eu já estava com a panela no fogo quando percebi que não tinha aliche em casa. Fiz a versão napolitana tradicional, que é fantástica e tem a vantagem de agradar os veganos.
Você possivelmente não vai o precisar adicionar sal ao molho, pois azeitonas e alcaparras (e aliche) já são bem salgadas. Para não arruinar a refeição, ajuste o tempero só quando o molho estiver pronto.
O espaguete à puttanesca é normalmente servida sem queijo (no lugar dele entram a salsinha picada e um fio de azeite). Se for usar parmesão, apenas se lembre de não contar a nenhum italiano.
Espaguete à putanesca
Rendimento 2 porções
Dificuldade fácil
Ingredientes
2 colheres (sopa) de azeite
3 dentes de alho picados
1 colher (chá) de pimenta calabresa
1 colher (sopa) de alcaparras
2 colheres (sopa) de azeitonas pretas sem caroço
500 g de tomates maduros e sem pele, picados (ou 1 lata de tomates pelados)
200 g de espaguete ou outra massa longa
Sal e salsinha picada à gosto
Preparo
1. Ponha uma panela com água e sal para ferver
2. Aqueça outra panela em fogo alto e refogue, por alguns segundos apenas, o alho e a pimenta-calabresa
3. Acrescente as alcaparras, as azeitonas e, logo em seguida, os tomates. Cozinhe em fogo alto até o excesso de água evaporar, coisa de 10 minutos
4. Quando a água ferver, cozinhe o macarrão segundo as instruções da embalagem.
5. Escorra a massa, reservando uma concha da água do cozimento) até 2 minutos antes do tempo indicado. Transfira para a panela do molho e adicione a água reservada. Ajuste o sal, se necessário. Aqueça por 1 ou 2 minutos, desligue o fogo e junte a salsinha.
6. Sirva com mais salsinha e azeite cru à mesa.
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Fonte: Folha de São Paulo