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Depois de um acordo firmado no início deste ano com o grupo AB Inbev, que no Brasil conhecemos mais como Ambev, a Olimpíada de Paris teria pela primeira um patrocinador global de cerveja.
Outras marcas já fizeram acordos locais no passado. Na recente competição em Tóquio, por exemplo, a Asahi foi a cerveja olímpica, mas não a nível mundial.
E após a negociação inédita, com valores não revelados, o maior grupo cervejeiro do mundo escolheu a Corona Cero para ser a sua representante nos Jogos de Paris.
De fato, não é preciso se locomover muito para achar uma propaganda da marca. Seus outdoors estão espalhados em praticamente todas as estações de metrô —e são muitas— da capital francesa.
Se a propaganda é a alma do negócio, parabéns a todos os envolvidos.
No entanto, beber uma Corona Cero numa arena olímpica é quase tão difícil quanto ganhar uma medalha.
Antes mesmo da cerimônia de abertura, no dia 24 de julho, este blogueiro foi ao Stade de France —que será também a arena do atletismo— para acompanhar o dinâmico rúgbi 7.
Em um intervalo, ao descer para o estande de comes e bebes, pedi uma cerveja no balcão.
“Só temos sem álcool”, disse a atendente, quase pedindo desculpa. “Tudo bem, pode me dar a Corona Cero”. Seguiu-se um breve silêncio, com uma expressão de dúvida da atendente. “Só temos sem álcool”, repetiu.
“Qual é a cerveja?”, questionei. Agora a dúvida era minha, já que achava que Corona Cero seria a única marca nas arenas. “Temos a 1664 e a Tourtel Twist, que vem com suco de limão”. Apesar da curiosidade com a Tourtel, fui na popular 1664, marca mais vendida na França —as duas cervejas eram vendidas em tap, direto da torneira.
A falta da Corona Cero poderia ser uma coisa pontual, afinal, não havia tido nem cerimônia de abertura. Pois, dois dias depois, este blogueiro cervejeiro teve a sorte de conseguir um ingresso para a tal abertura.
No evento, fui novamente aos comes e bebes, e pedi a Corona Cero. “Não, temos essas duas”, replicou outra atendente, mostrando as mesmas torneiras de 1664 e Tourtel Twist.
Outros dois dias e a visita da vez foi ao estádio Parc des Princes, casa do Paris Saint-Germain, que recebe alguns jogos de futebol, como Brasil x Japão. Mais uma vez, os estandes gastronômicos mostravam a duplinha 1664/Tourtel.
Hotêl de Ville, principal fan zone olímpica em Paris? Nope, 1664 e Tourtel… e vinhos, veja só.
Quando já estava desistindo, eis que, em Roland Garros, vi o nome no cardápio ao lado do balcão, Corona Cero. Finalmente.
Assim, com a certeza da resposta, perguntei novamente para a atendente: “Tem Corona Cero?”. “Temos”, respondeu sorridente, apontando para as garrafinhas em 330 ml na geladeira.
Mas aqueles 330 ml custavam 9 euros, ou cerca de R$ 54,60. A 1664 era um eurinho a menos, pouco mais de R$ 48, mas em 500 ml, direto da torneira. Desta vez, pedi um refrigerante mesmo.
Em tempo, na Casa Brasil, fan zone brasileira no Parc de la Vilette, também temos Corona Cero… e coxinha.
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Fonte: Folha de São Paulo