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Espumantes são hit do fim de ano por sua dupla função: celebrar e, mais do que nunca, refrescar das altas temperaturas. Por isso, os vinhos com borbulhas foram escolhidos como tema do último Folha Prova do ano, divididos entre brut e moscatel.
Somando as duas categorias, foram provadas 26 garrafas que custam no máximo R$ 150. Dessas, 8 vinhos bruts e 6 moscatéis foram escolhidos como os melhores, levando em conta características como persistência do sabor, acidez e perlage (as bolhas presentes nos espumantes).
Os rótulos foram degustados às cegas no restaurante francês La Casserole, que fica no centro de São Paulo. Os vinhos podem ser encontrados para compra no site das vinícolas, em mercados e empórios. Parte deles foi enviada por produtores e mercados e outra parte, comprada.
Cada categoria teve um grupo específico de degustadores, mas Claudomar Régis, sommelier do La Casserole, e Thiago Mendes, fundador da escola Eno Cultura, participaram das duas mesas.
A seção oferece ao leitor um guia de compras e já avaliou produtos como vinho branco, azeites, creme de avelã, pão de queijo congelado e ketchup . O resultado não é um ranking, mas uma lista que busca avaliar os pontos fortes e fracos dos produtos. Veja a seguir os comentários dos jurados.
As garrafas degustadas se mostraram leves e se dão bem com o fim de ano brasileiro, com refrescância e aromas de frutas de perfil mais cítrico e floral.
“São vinhos que se avaliam por sua capacidade de frescor e fruta. Eles atendem muito à expectativa do consumidor nesse sentido”, diz Claudomar Régis, sommelier do La Casserole. Além dele, também participaram desta categoria os jornalistas da Folha Tayguara Ribeiro e Silas Martí, os designers do jornal Márcio Sampaio e Silvia Rodrigues Filgueiras, e o jornalista Daniel Buarque, dono do @sommeliso, perfil do Instagram que trata de rótulos de até R$ 50.
Veja avaliação dos espumantes Brut
Arte Brut Casa Valduga
Trata-se de espumante frutado e, para o jornalista Daniel Buarque, com uma percepção adocicada. “É o tipo de vinho com peso leve, que se avalia pela sua capacidade de frescor e fruta”, disse o sommelier Claudomar Régis. Proveniente da região do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul, é feito com 60% de chardonnay e 40% pinot noir, pelo método tradicional.
Preço: R$ 107 na Casa Santa Luzia, disponível também em empórios
Bohigas Brut Cava Reserva
Para Tayguara Ribeiro, o aroma lembra fermento e pão, que podem ser um pouco enjoativos para quem não gosta desse perfil sensorial. Thiago Mendes acertou o método de produção, tradicional, como são as cavas, espumantes produzidos na Espanha. “Tem notas de maçã vermelha madura, algumas notas de frutas cristalizadas que são equilibradas com acidez, que dá a refrescância. No final, aparecem aromas de avelã, dando mais complexidade ao vinho”, afirmou.
Preço: R$ 139,80, na Casa Santa Luzia
Casa Perini método tradicional brut
Unanimidade entre os participantes, foi descrito como agradável, festivo e alegre por Silas Martí. “De todos, é o que eu mais tive vontade de comprar”, disse Márcio Sampaio. Para Claudomar Régis, do La Casserole, o vinho tem equilíbrio de fruta e intensidade. “A perlage é boa, trazendo sensação de frescor. Tem aroma de fruta madura e notas de fermentação moderadas. É um dos vinhos que eu mais gostei”, disse. Tem na composição 80% de chardonnay e 20% de pinot noir. É feito pelo método tradicional no Vale Trentino, em Farroupilha (RS).
Preço: R$ 110 no site casaperini.com.br, disponível também em redes como Extra
Cave Geisse Brut
Feito com uvas chardonnay e pinot noir no método tradicional, o vinho da região de Pinto Bandeira (RS) dividiu o grupo. Márcio Sampaio e Silvia Rodrigues disseram que o produto estava sem graça. Por outro lado, o jornalista Daniel Buarque gostou do aroma que recuperava odores da fermentação. “Demonstra um envelhecimento de garrafa interessante”, diz ele. Para o sommelier do La Casserole,
o vinho apresentou equilíbrio, com bons sabores da fruta.
Preço: R$ 150 na Casa Santa Luzia
Chandon Réserve Brut
Apresentou boa acidez, refrescância e equilíbrio, segundo os jurados. “É fresco, fácil de tomar, mas tem sabor pouco persistente”, disse Tayguara Ribeiro. O sommelier Claudomar Régis fez a mesma observação: “É um vinho de média intensidade nos aromas. Mas estava bastante equilibrado entre fruta, acidez e frescura”. Produzido no Rio Grande
do Sul com o corte de uvas pinot noir (40%), riesling itálico (30%) e chardonnay (30%).
Preço: R$ 104,90, na Evino
Frida Kahlo Brut
Aromático e cítrico, o vinho preencheu bem a boca e não é doce, disse Daniel Buarque.Para os dois especialistas, Thiago Mendes e Claudomar Régis, se destacou pela concentração de frutas, com notas de pêssego e abacaxi, e frescor que tem persistência na boca. Produzido pela Viña Carmen em Vale Casablanca, no Chile, com a uva chardonnay.
Preço: R$ 99,99, importação exclusiva do Pão de Açúcar
Mumm Cuvée Reserve Brut
Feito com as uvas chardonnay e pinot noir e proveniente de Mendoza, na Argentina, o rótulo é feito pelo método charmat. Para Silas Martí e Marcio Sampaio, agradou pela leveza, refrescância e presença de fruta. Thiago Mendes, da Eno Cultura, concordou: “É um vinho delicado, com
notas refrescantes de lima, de limão e um leve toque de flores brancas”, disse.
Preço: R$ 89,90, na Evino
Salton Ouro Brut
A percepção da fruta se destaca no vinho, concordaram Tayguara Ribeiro e Thiago Mendes. “Ele tem foco na fruta, com aroma de maçã verde, toque de hortelã e final cítrico e refrescante. É o tipo de vinho fácil de ser compreendido, que pede uma segunda taça”, disse Mendes. Para o sommelier Claudomar Régis, porém, apesar do frescor, faltou intensidade. “Ele foi curto no paladar. É um vinho contido”, disse. O rótulo é feito com as uvas chardonnay, pinot noir e riesling, na Serra Gaúcha, com método charmat.
Preço: R$ 65 no site da vinícola, disponível também no Pão de Açúcar
Participaram da degustação, mas não entraram na seleção: Brut Branco Amitié ( R$ 64,90), Bellavista Desirée Brut Blanc De Noir (R$ 120), Conde De Foucauld Espumante Brut Branco (R$ 27), Messias Bairrada Brut (R$ 107,90), Miolo (R$ 101) e Vado Brut Luis Felipe Edwards (R$ 72).
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Fonte: Folha de São Paulo