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Cozinhar parece tarefa impossível em dias de cansaço. Nessas situações, o freezer doméstico é amigo para quem não quer jogar a toalha na hora de preparar a própria refeição. Por isso, a quarta reportagem da série da Folha “Cozinha Rápida em Casa” se dedica a dar dicas sobre quais alimentos congelar e como fazer o processo.
Equipamentos de casa têm menor potência do que os industriais, diz Karina Dantas, nutricionista e professora da Universidade Mackenzie. Para facilitar o processo, a recomendação é porcionar alimentos cozidos na menor quantidade possível de acordo com sua refeição, o que ajuda a diminuir o tempo de congelamento, explica.
Mas deixar a comida esfriar em cima do fogão para ser porcionada não é boa ideia. Quanto mais rápido for o esfriamento, melhor é a qualidade do alimento. Então, vale refrigerar a refeição após o preparo e, uma hora depois, armazenar no congelador, explica a especialista.
Uma vez que você decida descongelar um alimento, não deve retorná-lo ao freezer para não correr risco de contaminação. E, para evitar que microrganismos se proliferem, faça o processo de descongelamento dentro do refrigerador —e não em temperatura ambiente, em água corrente ou quente. O ideal é tirar a comida na noite anterior e deixá-la no refrigerador durante a madrugada. Caso precise do alimento de última hora, use o micro-ondas.
Antes de começar, lembre-se de checar se a embalagem que pretende usar é resistente à baixa temperatura. E, no fim do processo, não se esqueça de etiquetar os recipientes indicando o que eles contêm e qual a data do congelamento.
Veja, a seguir, outras dicas sobre congelamento. Além de Dantas, participaram Juliana Gueiros, autora de “Na Cozinha com Juliana Gueiros” (ed. Intrínseca; 352 págs.) e dona do perfil @julianaggueiros; Pedro Drudi, coordenador do curso diplôme plant based, da Le Cordon Bleu São Paulo; Maurício Lopes e Camila Yazbek, da Escola Wilma Kövesi.
Para encontrar preparos completos, acesse o CozinhAÍ, ferramenta da Folha que usa inteligência artificial para gerar receitas. A série “Cozinha Rápida em Casa” foi pensada para tornar mais prática a rotina de preparar refeições.
ERVAS
Alguns temperos como manjericão e coentro são mais sensíveis ao congelamento. Dê preferência a ervas mais resistentes, como tomilho, que pode ser congelado em ramos e usado aos poucos.
Em geral, ervas podem ser armazenadas por dois meses embaladas. Salsinha e cebolinha ficam bem congeladas depois de serem higienizadas, secas e picadas. Também depois de limpar e deixar secar, guarde sálvia e alecrim em potes —para usar, leve rapidamente ao forno até secar e adicione em assados e molhos.
Outra solução é conservar ervas em manteiga. Deixe o ingrediente em ponto de pomada (temperatura ambiente), ponha tempero picado e guarde em forma de gelo coberta.
MASSAS
Podem ser armazenadas por até três meses no congelador. Em geral, funcionam bem cozidas e imersas em molho.
Prefira massas curtas, como penne, que grudam menos do que espaguete. Se puder, use massa de grano duro, e, no preparo, retire do fogo um ou dois minutos antes do tempo indicado (para que não passe do ponto quando você for reaquecer) e adicione ao molho já frio antes de colocar no freezer. Outra massa que pode ser congelada é a lasanha: cozinhe a massa, monte e asse antes de congelar.
PROTEÍNAS
Ensopados com carnes, como picadinho, congelam bem, mas evite molhos com muita água. Já carnes assadas devem ser congeladas com molho à parte, já fatiadas e porcionadas em quantidades menores.
Proteínas cruas também congelam bem, mas a carne moída concentra mais umidade, que se desprende no descongelamento. O segredo é espremer a carne e retirar o excesso com ajuda de papel toalha. Carnes cozidas podem ser armazenadas por até 2 meses e cruas por 12 meses.
VEGETAIS
O desempenho no freezer varia de acordo com o grupo do ingrediente, mas, em geral, vegetais podem ser armazenados por dois meses.
Raízes e tubérculos que sejam ricos em amido não congelam bem —portanto, receitas como nhoque, purês e sopas feitos com eles também não. Rúcula e agrião devem ser evitados, mas couve e espinafre se dão bem.
O mesmo vale para outros vegetais sem muita água, como brócolis, cenoura, beterraba e aspargo. Vale branquear, ou dar um choque de temperatura: ferva rapidamente o alimento em água e sal e, depois, passe por água com gelo, que interrompe a ação do calor e mantém a textura e cor.
Para que o vegetal não fique molenga em um segundo uso (como um refogado, quiche ou omelete), essa primeira cocção deve ser rápida.
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Fonte: Folha de São Paulo