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O Kings of Leon subiu ao palco do Lollapalooza Brasil neste sábado, 23, com a difícil missão de tapar o buraco deixado pelo cancelamento por motivos misteriosos do Paramore —e o resultado, ao menos na parte inicial da apresentação, passou longe do ideal.
É verdade que as condições encontradas pelo quarteto familiar formado por Caleb Followill, seus irmãos Jared e Nathan, e o primo Matthew não estavam favoráveis. O público do dia teve que encarar uma chuva que não deu trégua e um lamaçal que o Autódromo de Interlagos não via há anos.
Para completar o combo, a ausência do trio americano liderado por Hayley Williams, em turnê com “This Is Why”, lançado no ano passado, deixou a programação do dia com quase nenhuma atração do tamanho do Lollapalooza, embora tenha conseguido emplacar shows animados, como os de Limp Bizkit e Kevin O Chris.
Se o grupo contemporâneo do Kings of Leon ainda consegue lotar arenas com pessoas cantando suas novas canções como os que fizeram no ano passado no Brasil, a banda que a substituiu hoje já viu dias melhores.
O headliner reuniu um público menor que qualquer outro show equivalente nos últimos anos do festival. Era fácil chegar bem perto do palco sem grandes esforços, ao contrário do que aconteceu na noite de sexta, 22, enquanto o Blink-182 tocava.
Na última passagem pelo festival, em 2019, a banda também mostrou seu rock comportadinho em um dia de forte chuva e também estava escalada para o palco principal do evento. Não era difícil prever que o efeito seria exatamente o mesmo da época, senão maior.
Para tentar contornar a situação ingrata de tocar para um público que não pagou para vê-lo, o quarteto preferiu se dedicar à parte mais queridinha de sua trajetória.
Apareceram no setlist, por exemplo, canções antigas como “Manhattan”, “Radioactive”, “Find Me”, “Supersoaker” “Molly’s Chambers”, lançadas entre 2003 e 2016.
Mas foi só com seus maiores sucessos, “Use Somebody” e “Sex on Fire”, do álbum que alavancou a carreira do grupo em 2008, “Only by the Night”, que o Kings of Leon conseguiu lembrar por alguns minutos o porquê de estar em uma posição como a de hoje.
Nem essas músicas, no entanto, deram conta de entregar um show do calibre que o festival precisava para o horário e palco nobres reservados para o Paramore —e o show ainda acabou dez minutos mais cedo do que deveria.
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Fonte: Uol