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O Blink-182 começou seu primeiro show no Brasil com energia o suficiente para fazer os fãs esqueceram que eles atrasaram por um ano. Escalado para o Lollapalooza de 2023, o grupo de pop punk cancelou aquela apresentação em cima da hora por causa de problemas de saúde, mas prometeu que viria à próxima edição do festival.
O trio liderou a programação desta sexta-feira no evento que toma conta do Autódromo de Interlagos, em São Paulo, entre esta sexta-feira e domingo. O show começou com um minuto de antecedência, às 21h29, no palco Budweiser, onde as principais atrações do festival se apresentam.
A apresentação do Blink-182 teve início com “Anthem Part Two”, do disco “Take Off Your Pants and Jackets”, de 2001. Em seguida o grupo tocou “The Rock Show”, do mesmo álbum, e terminou o bloco de abertura com “Family Reunion”, fazendo a plateia pular e gritar todos os palavrões que se repetem ao longo da faixa.
Os fãs se entreolhavam, com os olhos arregalados, como se não acreditassem que os músicos vieram mesmo.
Faz mais ou menos 25 anos que o Blink-182 virou fissura entre adolescentes, que viam suas frustrações e anseios juvenis representadas nas letras e no jeito rebelde e desbocado dos integrantes do grupo.
Isso não mudou. “Essas músicas são sobre sexo e sobre foder”, disse Tom DeLonge, o vocalista e guitarrista, antes de apresentar “Feeling This”, de 2003, que narra uma transa. “Minha mãe é boa chupando e fodendo”, afirmou o cantor no fim da faixa seguinte. A plateia vibrou.
As piadas de teor sexual não pararam. Eles falaram ainda em transar com a mãe um do outro, que o palco estava molhado como são as genitálias de mulheres —com direito a elogio às brasileiras—, e que um já tinha visto mais o pênis do outro do que o próprio.
Nem Paul McCartney escapou da joça, com seu nome enfiado no meio da uma brincadeira sobre masturbação. “O Blink é melhor que os Beatles. Quem são eles?”, disse Mark Hoppus, o baixista da banda. Depois eles tiraram sarro do Metallica e do My Chemical Romance.
Pai do pop punk, o Blink-182 mostrou no show que domina o gênero até hoje. A banda faz uma ode à música emo e ao rock melódico, com boa união dos seus maiores sucessos, transportando o público direto para os anos 1990 e 2000. O poder deles está mesmo na nostalgia —as faixas mais novas não empolgaram tanto os fãs.
É inegável também que o grupo pavimentou um cenário hoje popular de novo graças ao pop rock adolescente de Olivia Rodrigo, e às investidas no punk de Willow Smith e Machine Gun Kelly, outros artistas da nova geração.
O hit “I Miss You”, deixado para a reta final da apresentação, entoado com força pelo público, é prova da tração que o grupo ainda tem, apesar de estar longe das paradas. “Espero que tenhamos feito valer a espera”, disse Hoppus, o baixista, ao que foi respondido com berros de alegria.
O show terminou com a mesma energia do começo, coroado por “All the Small Things”, outro sucesso da banda, que fez pessoas abrirem rodas de empurra-empurra no meio da multidão. Fogos de artifício barulhentos explodiram após o fim da apresentação, dando fim a este dia roqueiro do Lollapalooza.
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Fonte: Uol