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    Lar»Culinária»Enxaqueca leva casal brasileiro a fazer vinho no Languedoc – 08/07/2024 – Isabelle Moreira Lima
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    Enxaqueca leva casal brasileiro a fazer vinho no Languedoc – 08/07/2024 – Isabelle Moreira Lima

    Eita GotaPor Eita Gotajulho 8, 2024
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    Tudo começou com uma dor de cabeça. O então arquiteto paraibano Bruno Trigueiro, 44, sofria de enxaqueca e foi aconselhado por um médico especialista a transformar seu estilo de vida completamente. A alimentação deveria ser a mais natural possível, mas outros hábitos também deveriam mudar, como a hora de dormir, que deveria ser ao pôr do sol, e o despertar, ao amanhecer. Manter esse tipo de rotina em São Paulo era difícil e Trigueiro passou a nutrir o sonho de ir morar no interior.

    Quando o cunhado, que sonhava em ter uma vinícola, propôs que Trigueiro tocasse o dia a dia da produção, por mais que fosse mais cervejeiro que enófilo, a proposta pareceu fazer sentido, afinal era o jeito de pôr em prática as mudanças que tentava desde os tempos das piores dores de cabeça.

    Trigueiro e a companheira, Thama Sakuma, que é paulista e também arquiteta, tinham duas exigências: a vinícola teria quer ser na França, onde ele havia morado na infância com os pais, e o cultivo das uvas teria de ser orgânico, para ficar longe das enxaquecas e de outros problemas de saúde. Depois de um pouco de pesquisa pelo sul do país, encontraram em 2016 no Languedoc as terras que hoje fazem sua linha de vinhos biodinâmicos

    A propriedade de 20 hectares, que já tinha vinhedos em agricultura orgânica, pertencia a um casal de idosos, cujos filhos não tinham interesse em continuar o trabalho. Totalmente novato no negócio, Trigueiro propôs que ele e Thama acompanhassem os antigos proprietários por algumas safras para entender exatamente em que encrenca estavam adentrando. No final de 2018, era a hora de assumir de verdade o trabalho e foi aí também que os vinhedos foram convertidos ao biodinamismo.

    Aqui vale abrir um parêntese sobre essa prática que é tida por alguns como mais esotérica do que efetiva. O preconceito tem a ver com o fato de que as atividades podem se guiar pelo movimento dos astros, especialmente da lua, cujas fases determinam as etapas da produção que serão executadas, como poda, colheita, fermentação e até envase, segundo -as recomendações de seu fundador, Rudolf Steiner (1861-1925). Os produtos a serem usados na terra são todos naturais, e alguns produzidos de forma exótica, sendo talvez o chifre-esterco, que pressupõe o enterro de um chifre de boi preenchido por fezes de animais, o mais esquisito deles.

    Na última década, é verdade, tenho ouvido mais louvor que piada sobre o biodinamismo. O célebre enólogo italiano Alberto Antonini, que tem projetos em dez países e 40 anos de experiência, adota a prática em seu projeto pessoal argentino, o Alto las Hormigas, mas prefere chamá-lo de “método tradicional”, pois “há um século todos olhavam para os movimentos da lua, era normal”.Vale lembrar também que alguns dos supervinhos do mundo seguem os preceitos biodinâmicos, ainda que não divulguem a filosofia como bandeira. É o caso do ícone da Borgonha Romanée-Conti.

    Na prática, o que o biodinamismo exige é um cuidado minucioso com todas as fases de produção de um vinho. Talvez por isso mesmo os produtores que seguem essa linha sejam tão unidos: Trigueiro conta que sentiu um apoio imenso de outros viticultores também certificados pelo selo oficial Demeter e agrupados numa associação da localidade de Bassac. Lá eles trocam não só conhecimento, mas também materiais e plantas secas a serem usadas nos vinhedos.

    Com cinco safras no currículo, hoje Trigueiro e Sakuma têm 13 rótulos e produzem 50 mil garrafas ao ano em seus 17 hectares de vinhedos, que devem ser reduzidos a 15 para aumentar a flora nativa. Nos três que não tem vinhas, há álamos, carvalhos, ciprestes e oliveiras, para manter o ambiente mais balanceado. A região é de pouca altitude, está há apenas 30 quilômetros do litoral, entre mar e montanha, mas tem solo argiloso e calcário, que concede bom frescor à bebida.

    Entre as uvas que cultivam estão roussane, vermentino, carrignan blanc e viognier entre os brancos e pinot noir, cabernet sauvignon, grenache, syrah e mourvèdre entre os tintos. No Brasil, seus vinhos têm feito sucesso e estão em restaurantes modernos, como o Domo e o Cora, e de alta gastronomia, como o Manu, de Curitiba.

    Há dez rótulos em duas importadoras. Pela Peso da Régua, ele traz três deles, o cabernet sauvignon Les Champs de Maures (R$ 138, no site da importadora), que foge da regra por mostrar leveza e notas florais, sem nenhum traço de pirazina (aquela nota de pimentão verde); o Pleine Lune (R$ 219), um pinot noir com mourvèdre de maceração carbônica (em que a fermentação acontece dentro das peles das uvas); e o branco 100% viognier Sans Script, que estagia em ânforas e é amplo e generoso. Pela Dominio Cassis, há outros sete rótulos, sendo o rosé de syrah L’Incandescente (R$ 153, Toque de Vinho) um dos destaques, com uma cor linda, notas de fruta vermelha bem fresca e é bem redondo; e o L’Univers Paralèlle (R$ 162, idem), um corte de grenache e syrah, leve e fresco e o puro prazer.

    Vai uma taça?

    Muito, muito vinho do Languedoc chega ao Brasil (a região é responsável por ¼ da produção francesa) e os preços estão entre os mais amigáveis quando pensamos em França. Fácil de encontrar no supermercado, o Claude Val Rosé (R$ 87, Decanter) é elegante e fresquinho. Entre os tintos, o Carignan Domaine Rimbert (R$ 139, De La Croix) é rústico e cheio de personalidade, mas fácil de beber. Ideal para uma paella….

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    Fonte: Folha de São Paulo

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