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O Adorado, bar speakeasy da Casacor, evento de arquitetura e decoração na cidade de São Paulo, tenta seguir à risca a fórmula desses bares secretos. A entrada do estabelecimento é através de uma parede falsa dentro de um dos ambientes do evento.
Passando essa primeira entrada secreta, subimos uma escada que propositalmente acumula vassouras, baldes e outros utensílios de limpeza e, enfim, chegamos a um lobby com decoração em tons vermelhos. Nesse espaço, há ainda uma segunda porta que leva a um pequeno corredor espelhado. Há todo um trajeto secreto e labiríntico antes de atravessar esse último corredor e finalmente adentrar o ambiente principal.
O espaço do bar tem uma série de poltronas e sofás robustos, um grande mural com papel de parede de temática tropical, o piso em tom de verde e um teto que simula aqueles tradicionais com relevos e frisos comuns em Nova York. O Adorado tem cerca de 120 metros quadrados e foi pensado pelo arquiteto Rafa Zampini. Assim como tudo na Casacor, o estabelecimento também é temporário e só funcionará enquanto o evento estiver acontecendo.
Os móveis do bar também foram desenhados pelo arquiteto. “Eles giram para formar mini lounges dentro do bar”, diz Zampini, sobre a suas poltronas giratórias, que permitem criar espaços menores ou maiores de acordo com o grupo.
Também segundo o arquiteto, as cores do mobiliário, assim como as do ambiente do Adorado, partiram das pinturas de Edward Hopper, artista nova-iorquino que ficou famoso por retratar cenas plácidas de restaurantes e bares. É realmente possível perceber certa semelhança cromática entre a decoração do Adorado e as telas urbanas do americano, com seus verdes, vermelhos e marrons característicos retratando uma Nova York da primeira metade do século 20.
Mas a comparação entre ambos fica só no campo das cores. Se nas obras de Hopper prevalece um ar de solidão e letargia, o bar de Zampini parece nunca estar vazio. Também seria possível laurear a arquitetura pelo aparente sucesso do Adorado, mas sua carta de drinques certamente é um fator relevante para esse êxito todo.
Além de coquetéis clássicos como o negroni (R$ 54) e o gim tônica (R$ 54), a casa oferece uma carta exclusiva com a assinatura de Alê D’Agostino, mixologista por trás do Guilhotina, o famoso bar em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.
Lá é possível provar o bubble martini (R$ 66), que mistura gim, licor de laranja e vermute branco, com uma boa dose de espumante adicionada por último para que o drinque se torne levemente frisante, e o Repo Man Old Fashioned (R$ 68), feito com tequila, bourbon, Fernet, xarope de açúcar e uma pitada de bitter. Os drinques seguem o grau de excelência característico do Guilhotina e chegam perfeitos à mesa.
Ainda, para quem precisar de um café depois de passar horas andando pelos cenários da Casacor, vale experimentar o Rachel (R$ 62), uma releitura de expresso martini feita com Licor 43, tequila, café e laranja, algo para acordar e relaxar ao mesmo tempo.
Alguns pequenos pratos elaborados pelo chef Thiago Cerqueira, que também assina as comidinhas do Guilhotina, servem para mitigar os efeitos do álcool entre um drinque e outro. Vale provar o trio de ostras (R$ 52), o crudo de vieira (R$ 72) e o tartare picante de atum (R$ 52).
A disponibilidade do Adorado para os visitantes da Casacor varia de acordo com a agenda do bar, que recebe eventos de patrocinadores e anunciantes, e nesses dias costuma não atender indivíduos que não estejam na lista. Conseguir entrar vai depender do dia e da sorte dos frequentadores. Se não rolar, o evento ainda tem um bar de vinhos, um restaurante e uma filial do bar Caracol, que também valem a visita e são mais fáceis de achar.
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Fonte: Folha de São Paulo