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Descobri que existe uma comunidade considerável de pessoas que gostam de comer miojo cru.
Tecnicamente, não é exatamente disto que se trata. O macarrão instantâneo é cozido a vapor antes de ser embalado –e por isso fica pronto tão rápido.
De qualquer forma, há pessoas que abrem a embalagem do miojo e vão comendo como se fosse amendoim ou castanha de caju.
Mano. Do. Céu. O troço já é difícil de encarar quando você faz do jeito certo. Imagina assim. Só pode ser para aparecer que esse pessoal faz isso.
Aí um fulano, influencer que mete tudo sob a lente do microscópio, resolveu examinar o miojo. Pegou o tijolo de massa e ampliou a coisa.
Apareceram montes de bichos andando no miojo cru.
O vídeo viralizou nas rede sociais –teve 11 milhões de visualizações no TikTok. Foi tomado como um alerta para a seita dos comedores de miojo cru.
Não é para tanto, por uma série de motivos:
1. Não mostra o cara abrindo o pacote;
2. O próprio influenciador escreve, na descrição do vídeo, que vai examinar macarrão VELHO. Provavelmente deixou a coisa aberta por muito tempo para pegar bastante bicho;
3. Há denúncias no Twitter, digo X, de que as imagens podem ter sido adulteradas ou manipuladas.
Mais importante do que isso: os bichos que aparecem são ácaros. Você os come em quantidades colossais o tempo todo, sem saber e sem passar mal por isso.
Todo alimento que não está numa embalagem esterilizada tem ácaros. A alface e o tomate da feira. A porção de amendoim do boteco. O pacote de bolacha que você abriu outro dia e fechou com um pregador de varal.
Não só na comida: ácaros estão por toda parte. No ar que você respira, no seu travesseiro, em você, na pele da pessoa que você beija, lambe e se esfrega.
Então não fique com nojinho nem da comida nem da sua namorada. Absolutamente tudo é nojento se você observar no microscópio.
Evite comer miojo –cru ou cozido, tanto faz– por outra razão.
É um ultraprocessado, uma bomba de sódio e de calorias vazias.
Se precisar de mais um argumento: o Instituto de Defesa dos Consumidores (Idec) acaba de publicar os resultados de um estudo que encontrou três tipos de agrotóxicos no macarrão instantâneo das marcas Nissin (o miojo original) e Renata.
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Fonte: Folha de São Paulo