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Cepea, 7/05/2024 – O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, disponibiliza hoje as agromensais de abril de 2024.
Confira aqui!
Abaixo, alguns trechos das análises mensais:
AÇÚCAR: Em abril, com o início oficial da safra 2024/25 da cana-de-açúcar no estado de São Paulo, a restrição de oferta do cristal Icumsa até 180 manteve firmes, por três semanas consecutivas, os preços do açúcar branco praticados no mercado spot. A elevação dos valores domésticos do cristal Icumsa até 180 foi atribuída à restrição de oferta para as vendas na pronta-entrega. As chuvas no estado de São Paulo paralisaram pontualmente a produção nas unidades de processamento, e isso já resultou em atraso nas entregas de contratos, o que, por sua vez, limitou a disponibilidade do cristal para as vendas à vista.
ALGODÃO: Os preços domésticos do algodão em pluma recuaram em abril pelo segundo mês consecutivo. As quedas estiveram relacionadas à maior flexibilidade de parte dos vendedores, que, por sua vez, seguiu atenta às fortes desvalorizações externas, ao estoque de passagem e à expectativa de mais uma safra com boa produção. Além disso, algumas indústrias chegaram a ofertar valores ainda menores para novas aquisições no spot, reforçando a pressão sobre as cotações internas da pluma.
ARROZ: As tempestades que atingiram o Rio Grande do Sul, causando grandes destruições e impactos negativos em todo o estado, travaram as negociações de arroz em casca de forma geral. Colaboradores do Cepea relatam que não há possibilidade de tráfego entre muitas regiões. Produtores seguem avaliando as consequências climáticas sobre as lavouras a serem colhidas, assim como sobre unidades armazenadoras.
BOI: Ao longo de abril, pecuaristas estiveram resistentes nas vendas de machos e fêmeas para abate, buscando reajustes de preços. As negociações de animais destinados à exportação, que apresentam valores maiores, estiveram um pouco mais aquecidas, mas fechamentos envolvendo lotes típicos de mercado interno apresentaram liquidez bem menor. Apesar dessa resistência de pecuaristas, cálculos do Cepea indicam que o volume de carne disponível no mercado nacional esteve elevado. Para dar algum alívio, os embarques externos em abril foram recordes para o mês.
CAFÉ: Os preços dos cafés arábica e robusta foram alavancados ao longo de abril. No caso do arábica, o impulso veio do câmbio, de preocupações quanto aos estoques globais do grão e, sobretudo, das intensas valorizações do robusta. Por sua vez, as cotações do robusta estão em movimento de alta desde o último trimestre de 2023, influenciadas pela aquecida demanda internacional pela variedade brasileira – vale lembrar que importantes países produtores de robusta na Ásia atravessam problemas relacionados ao clima e logísticos.
ETANOL: Em abril, primeiro mês oficial da temporada 2024/25, os preços dos etanóis hidratado e anidro subiram com força no mercado spot do estado de São Paulo. Diante de um cenário de começo das atividades agrícolas e industriais, a oferta do biocombustível foi baixa ao longo do mês. Além disso, o aquecimento da demanda por parte de distribuidoras e a postura firme de vendedores reforçaram o movimento de alta.
FRANGO: Os produtos de origem avícola pesquisados pelo Cepea registraram desvalorizações de março para abril. Esse cenário, verificado em praticamente todas as praças acompanhadas pelo Centro de Pesquisas – a exceção foi Toledo (PR) –, esteve atrelado à baixa demanda e à oferta elevada no período. No atacado da Grande São Paulo, a queda esteve relacionada sobretudo à maior disponibilidade de carne.
MILHO: Indicando ter estoques para o curto prazo, compradores de milho estiveram afastados das aquisições de novos lotes no spot nacional durante a maior parte do mês de abril. Esse cenário pressionou os valores do cereal na maioria das praças acompanhadas pelo Cepea. Além disso, o avanço da colheita da safra verão no Brasil, o bom desenvolvimento da segunda safra e estimativas apontando produção mundial elevada reforçaram as quedas.
OVINOS: Os preços do cordeiro vivo seguiram apresentando movimentos distintos dentre as praças acompanhadas pelo Cepea. Enquanto em Mato Grosso e em São Paulo os valores do animal vivo recuaram de março para abril, na Bahia, no Paraná e no Rio Grande do Sul, houve reação nos preços.
SOJA: As negociações de soja foram intensificadas no mercado brasileiro em abril, influenciadas pela maior demanda, tanto doméstica quanto externa. Ressalta-se que a valorização do dólar frente ao Real deixou as commodities brasileiras mais atrativas aos importadores – a moeda norte-americana teve média de R$ 5,13 em abril, o maior patamar desde março do ano passado. Esse cenário elevou os prêmios de exportação no País, que voltaram a operar em patamares positivos, o que não acontecia há oito meses.
TRIGO: Os preços do trigo voltaram a subir no mercado brasileiro em abril, influenciados sobretudo pela retração de produtores; os que ainda detêm o cereal de qualidade nesta entressafra preferem esperar para vendê-lo em momentos mais oportunos. Triticultores seguiram avaliando as condições de mercado, as previsões climáticas e outros fatores para, então, decidirem sobre a semeadura do trigo ou de culturas alternativas.
ASSESSORIA DE IMPRENSA: Outras informações: [email protected] e (19) 3429 8836.
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Fonte: Cepea