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Aparentemente, nesta quarta (24) se comemora o Dia do Churrasco.
Recebi uma tonelada de press releases por e-mail e até ganhei uma tábua de carne de uma marca de uísque americano.
De uns anos para cá, tornou-se tediosa a invenção de datas para a promoção de qualquer mercadoria. É Dia da Bolacha Recheada, Dia da Linguiça Cuiabana, Dia da Pizza Quatro Queijos e por aí vai.
O Dia do Churrasco não é a pior dessas datas truqueiras, pelo contrário. Sempre bom ter um pretexto qualquer para assar uma carne.
E a data escolhida até que faz algum sentido: 24 de abril é a data de fundação do primeiro Centro de Tradições Gaúchas em Porto Alegre.
Faz algum sentido, mas não muito. Exponho duas razões para isso.
A primeira é situar o churrasco como um hábito exclusivamente gaúcho. Até aceito a primazia do pessoal do Rio Grande nos ofícios da brasa, mas churrasco é universal. Todo povo no mundo tem sua versão.
A segunda e mais importante razão: um dia para se celebrar o churrasco nunca poderia cair numa quarta-feira.
Fazer churrasco não é comprar maminha Friboi no supermercado depois de sair do trabalho. Fazer churrasco não é adquirir facas, molhos, aventais, espetos nem o diabo que o carregue.
Fazer churrasco não é comer no Barbacoa, no Fogo de Chão, no NB ou no Varanda. São ótimos restaurantes de carne, mas o hábitat do churrasco é outro.
O churrasco acontece quando familiares e/ou amigos se reúnem ao redor de um fogo onde a comida é preparada. Churrasco é festa, não é carne grelhada.
Assim, o Dia do Churrasco deveria ser uma data móvel, programada para sempre cair num fim de semana, como o Dia das Mães ou a Páscoa.
Ou então que se faça lobby no Congresso para transformar essa bagaça em feriado.
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Fonte: Folha de São Paulo