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Após uma disputa acirrada com 53 lances, o fundo Phoenix arrematou a Empresa Metropolitana de Água e Energia (Emae) por R$ 1,04 bilhões em leilão de privatização na Bolsa de São Paulo, a B3, realizado nesta sexta-feira (19).
Pertencente ao empresário Nelson Tanure, o fundo Phoenix venceu o leilão após a oferta de R$ 70,65 pelo valor da ação, um ágio de 33,68%. Último ativo de energia pertencente ao estado de São Paulo, essa foi a primeira privatização na gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Seguindo as regras do edital da privatização, o leilão foi feito a viva-voz uma vez que as propostas apresentadas pelos três interessados deram lances até 20% inferior à melhor proposta apresentada. Venceu o leilão o consórcio que ofertou o maior valor por ação, acima do preço mínimo definido.
Enviaram propostas, o grupo EDF, líder francês em geração e transmissão de energia; a Matrix Energia, comercializadora de energia brasileira que possui a participação de um fundo de investimento suíço; e o fundo Phoenix, cujas cotas pertencem a Tanure.
Na primeira apresentação das propostas, antes da disputa por lances em viva-voz, o fundo Phoenix havia feito uma oferta de R$ 58,15 por ação, com um ágio de 10,03%. A EDF Brasil Holding, por sua vez, fez uma proposta de R$ 56,30 pelo valor unitário da ação, correspondente a um ágio de 6,53%. Já a Matriz Energia, ofertou R$ 52,85, um ágio de 0%.
Venda de ações para a privatização da Emae foi feita em lote único
As ações foram vendidas em lote único no leilão, com oferta de 14,7 milhões de ações ordinárias de classe única. Desse total, 14,4 milhões são de titularidade do estado de São Paulo e outras 350 mil são da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô).
Há ainda 50.981 ações preferenciais de classe única, pertencentes ao estado de São Paulo. Aos funcionários da Emae serão ofertados 10% do capital social, o que corresponde a aproximadamente 3,6 milhões de ações no valor do preço mínimo, em atendimento à lei que instituiu o Programa Estadual de Desestatização (PED).
Cada ação tem o valor mínimo de R$ 52,85, de maneira que a previsão era de uma arrecação de, no mínimo, R$ 779 milhões. A Secretaria da Fazenda e Planejamento detinha 97,61% das ações ordinárias (com direito a voto) da Emae, ou 38,99% do capital total.
Já a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) possui 2,39% das ações ordinárias, ou 0,95% do capital total. Outro acionista importante é a Eletrobras, com 64,82% das ações preferenciais da empresa e 39,02% do capital total. De acordo com o site da B3, os 21,05% restantes do total da companhia pertencem a outros acionistas.
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Fonte: Notícias ao Minuto