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Marcela Mar, de 17 anos, gosta de se apresentar como cantora, violonista, compositora e arranjadora campo-grandense. Carrega uma grande paixão pela música latina, que culmina em uma fusão da música regional sul-mato-grossense com a MPB. “Meu objetivo é trazer composições e releituras com uma voz e um violão de excelência, com mensagem.”
Para ela, a música é capaz de alterar todas as vibrações de um ambiente, organizando sons e frequências. “Quero levar uma música que venha sublimar as energias à minha volta”, diz a artista, que é bisneta de Benito Marin, acordeonista que nos anos 1950 e 1960 gravou 12 álbuns e trabalhava tocando em fazendas do Pantanal.
O pai de Marcela é o também acordeonista Marcelus Anderson, que, além de ter ensinado harmonia à filha, toca na banda de Almir Sater, que a artista considera um de seus mestres. Para ela, o chamamé, a polca, as valsas, a polca rock, a guarânia e as chacareras são ritmos que a atraem e representam muito o estilo de vida e os costumes de Mato Grosso do Sul, de onde colhe inspirações.
Ao ser questionada sobre o que é talento, a artista diz que “é como se fosse uma facilidade para a conexão e entrega que a música exige”. “Tudo é questão de hábito, se você faz algo e o repete mais de mil vezes, isso será bonito. A prática leva à perfeição, e na música não é diferente.”
Durante um ano, a cantora frequentou o curso regular de violão popular na Emesp, a Escola de Música do Estado de São Paulo, tendo aulas com gente do ramo, como a saxofonista Paula Valente e o violonista Marcus Teixeira, entre outros professores que a levaram a ter seu primeiro contato com uma big band. “Através da escola, escutei uma big band pela primeira vez na vida, descobri instrumentos que não conhecia e aprendi muitas coisas.”
O violonista, cantor e compositor argentino Juan Quintero, além de Maria Gadú, Almir Sater, Dani Black e Elis Regina, são algumas das fortes influências musicais arraigadas em Marcela, que em cinco anos pretende ter sua carreira traçada em países latinos e europeus.
Mulher e jovem, a artista identifica discriminação no meio musical. “A mulher precisa se afirmar três vezes mais do que um homem para ser aceita de igual para igual. Na música, ainda existe um conceito estabelecido, até inconscientemente, de que o instrumento bem tocado é algo de essência masculina. Quando você, como mulher, quer expor uma ideia no âmbito mais instrumental, podem não dar ouvidos, ignorando mesmo. Como se a mulher não tivesse capacidade”, diz.
Vivendo em São Paulo há um ano, a artista mora no bairro da Mooca. “Adoro São Paulo, pelo fato de tudo acontecer aqui. É a terra das possibilidades, onde se pode construir qualquer coisa que quiser. Tem do bom e do melhor, mas do ruim e do pior também.”
A cantora dedica seu dia à música, dividindo-o em momentos para cuidar da voz, com exercícios vocais direcionados, e momentos para exercícios de relaxamento, volume e limpeza do som do violão. “É muito importante, na hora de estudar, ter comprometimento, relaxamento corporal e não ter medo da repetição. Tocar em andamento lento e perceber onde estão as falhas de execução.”
Lançada no ano passado nas plataformas digitais, Marcela tem de sua autoria “Toca o Violão”, canção que funde o pop com MPB, composta quando ela tinha 13 anos. Em seu canal do YouTube, há também uma versão de “A História de Lily Braun”, de Chico Buarque e Edu Lobo.
E há novidades. “Estou preparando um novo EP, com cinco músicas inéditas no formato voz e violão. São músicas nas quais o violão e a voz entram em uma espécie de diálogo, onde há pergunta e resposta”, diz a artista.
Ainda sem previsão de lançamento, Marcela espera que as novas músicas encontrem as pessoas abertas para o sentimento. “Minha intenção é transmitir uma boa mensagem, uma reflexão”, diz a artista, que adora ler livros de filosofia, psicologia, poesia e se perde “por um prato de churrasco”.
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Fonte: Uol