[ad_1]
Depois de caminhar por barracas de frutas e legumes na rua Professora Ephigenia do Rego Barroso, no bairro das Mercês, em Curitiba, duas mascotes chamam a atenção dos clientes em meio à feira de orgânicos da praça da Ucrânia: pessoas se vestem com fantasias de capivara e refrigerante de guaraná.
Os personagens dançam e interagem com o público, convidando-os a experimentar as novas febres da gastronomia curitibana: a capixinha e o capistel –coxinha e pastel moldados em formato de capivara, animal símbolo da cidade e muito buscado por turistas no parque Barigui, um dos principais cartões postais da região Sul.
Na capital paranaense, a feira acontece tradicionalmente aos sábados, entre às 7h e às 12h. Localizada na esquina com a rua Padre Anchieta fica a barraca de salgados da família Yamashiro, que veio do Japão no pós-guerra e está presente com seus produtos no Paraná desde 1973. Nos fundos, na cozinha, está Mity, 43, que compõe a terceira geração e é dona das criações que viralizaram nas redes sociais.
“A ideia de fazer o pastel e a coxinha em formato de capivara aconteceu durante a pandemia. A gente ficou três semanas sem trabalhar e foi um baque para a família. Quando voltamos, os clientes não podiam sentar aqui, já que precisavam pagar e ir embora”, conta a feirante.
Durante o período de isolamento social, Mity passou a testar novas formas na tentativa de conquistar mais clientes. “Eu gostava de desenhar nas massas e, naquela época, ninguém estava saindo de casa. Um dia, um cliente tirou foto da vitrine e postou no Twitter. Viralizou”, diz.
O capistel pode ser de carne ou queijo e custa R$ 18. Também há uma versão doce, de chocolate, vendida a R$ 15. Já a capixinha, é feita com massa de batata e frango, receita mantida pela família há anos, e é comercializada a R$ 15. A cada duas unidades, o cliente recebe um mini refrigerante de guaraná.
A surpresa acontece quando o cliente decide degustar as iguarias no local e escolhe uma mesa para sentar na calçada. O pedido, frito na hora, é entregue diretamente pelos mascotes, que atendem por Capi e Refriko e comemoram cada feito ao trazer as encomendas sem tropeçar no meio-fio.
A produção acontece no dia anterior e é totalmente artesanal. O processo demora mais que a fabricação de salgados comuns, explica Mity. Os pastéis tradicionais, por exemplo, já são cortados em formato retangular na máquina. “Não existe molde. Eu faço um por um. Já tentei ensinar algumas pessoas da família, mas não funcionou e ninguém conseguiu. Os números para vendas do capistel e da capixinha acabam sendo limitados”, comenta a feirante.
Mity também produz unidades do capistel e da capixinha diferenciadas em datas comemorativas ou temáticas. Em 2023, no lançamento de “Barbie”, longa vencedor da categoria de melhor canção original na última edição do Oscar, os alimentos ganharam tonalidades de rosa. Já em dezembro, a família Yamashiro lançou a capinoel.
Na barraca, os funcionários também vestem uniformes temáticos. Os desenhos das camisetas, pintados à mão por Mity, representam capivaras que seguram capistéis. No caixa, também é possível adquirir lembranças do animal, ícone curitibano: os chaveiros e as pulseiras com pingentes de capivara (R$ 15, cada) também são feitos por Mity.
“O público gosta do que é diferente, né? Vamos nos conectando com outras pessoas e isso está sendo muito legal. Hoje, recebemos jovens e famílias que, antigamente, não vinham”, conclui.
A família Yamashiro também participa de mais feiras em Curitiba. É possível experimentar a capixinha e o capistel em outros endereços da capital. Confira a seguir:
Feira Centro Cívico
R. Ernâni Santiago de Oliveira, no estacionamento do Tribunal de Justiça. Qua., das 15h às 20h
Feira Água Verde
R. Brasílio Ovidio da Costa, em frente ao Shopping Água Verde. Qui., das 15h às 21h30
Feira Orgânica Diurna
R. Professora Ephigenia do Rego Barros, próximo à praça da Ucrânia. Sáb, das 7h às 12h
[ad_2]
Fonte: Folha de São Paulo