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Lindemberg Vieira da Silva, de 34 anos, é chefe, na Paraíba, de uma facção criminosa do Rio de Janeiro. Ele estava preso no estado desde fevereiro. Crime aconteceu no dia 18 de julho de 2023. Suspeito de ter ordenado ataque que incendiou ônibus é transferido para a Paraíba
Polícia Civil
O suspeito de ordenar um ataque que incendiou um ônibus e matou o motorista, em João Pessoa, Lindemberg Vieira, que estava preso no Rio de Janeiro desde fevereiro, foi transferido para a Paraíba neste sábado (23). As informações são da Polícia Civil.
O homem é apontado pela polícia como chefe do Comando Vermelho na Paraíba, e determinava a realização de ataques, roubos e homicídios, além de liderar o tráfico de drogas na cidade de Bayeux, na Grande João Pessoa.
De acordo com a polícia, Lindemberg Vieira vai ficar preso na Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, mais conhecida como PB1, em João Pessoa. O suspeito foi conduzido para a Paraíba por policiais da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e ao chegar em solo paraibano foi escoltado por policiais penais.
O ataque ao ônibus aconteceu no dia 18 de julho de 2023, no bairro do Padre Zé, na capital paraibana. Passageiros ficaram feridos e o motorista teve 54% do corpo queimado, morrendo dias depois no hospital. No dia 7 de novembro de 2023, sete pessoas foram indiciadas por envolvimento no caso. Dos envolvidos no crime, quatro estão presos, dois estão foragidos e um morreu em briga entre facções.
Ônibus ficou completamente destruído após ser incendiado com passageiros e motorista dentro, em João Pessoa
Reprodução/TV Cabo Branco
Lindemberg havia fugido para se esconder no Complexo do Chapadão, onde foi preso em 21 de fevereiro, segundo a polícia. Contra ele, foram cumpridos dois mandados de prisão por tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
Conforme investigação feita pelas duas polícias, Lindemberg atuava representando a facção criminosa carioca no estado da Paraíba, buscando a expansão de territórios. Os relatórios da investigação revelam que, no ano passado, o grupo cooptou alguns integrantes de uma facção específica da Paraíba e que estes membros foram levados para favelas do Rio de Janeiro para transmitir ordens aos traficantes paraibanos.
Ônibus é incendiado e passageiros e motorista são impedidos de sair do veículo
O ataque e a morte do motorista
Na noite do dia 18 de julho dois homens armados invadiram o coletivo que faz a a linha 600, entre os bairros de Bessa e Varadouro. Na ação, eles obrigaram o motorista e cinco passageiros a permanecerem no ônibus, atiraram garrafas com combustível e atearam fogo.
A PM foi acionada e resgatou as três vítimas, que foram levadas para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. As outras duas pessoas que estavam no ônibus conseguiram fugir antes que as chamas consumissem o veículo.
Motorista e passageiros pulam de ônibus em chamas após ataque em João Pessoa; vídeo
Entre os feridos estava uma passageira de 27 anos e um passageiro de 30 anos com ferimentos leves que tiveram alta do hospital ainda na madrugada do dia 18 de julho.
O motorista do ônibus fazia a rota na linha 600, entre os bairros de Bessa e Varadouro, há 5 anos. Conhecido como Silvano da Silva e vinculado ao consórcio Unitrans, o homem teve 54% de seu corpo queimado no ataque ao coletivo. Segundo o Hospital de Trauma, ele teve queimaduras no rosto, braços e tórax.
As chamas consumiram o ônibus em poucos minutos e o fogo também atingiu a rede de energia elétrica, deixando parte do bairro sem energia. A ação dos criminosos não ficou registrada em vídeo porque a câmera de segurança presente no coletivo não transmite imagens e foi destruída pelo fogo.
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Fonte: G1