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O programa Oficinas Culturais, sediado há 38 anos no prédio Oficina Cultural Oswald de Andrade, no bairro paulistano do Bom Retiro e em outros espaços do estado de São Paulo, vai ser encerrado. Em seu lugar, a Secretaria de Cultura estadual pretende implementar um novo projeto, o CultSP Pro.
Nas próximas semanas, o governo vai lançar um chamamento público para escolher a nova organização social (OS) que vai administrar o local. O futuro das oficinas, que formam anualmente centenas de profissionais, se tornou incerto na semana passada.
Na ocasião, a secretaria revogou um outro edital, que tinha sido aberto em fevereiro, para contratar uma nova OS para administrar o local. A revogação aconteceu justamente porque o projeto passará por mudanças.
O teatro abrigado no prédio vai continuar funcionando, assim como o espaço expositivo e as salas ocupadas pela São Paulo Companhia de Dança.
O contrato firmado com a Poiesis, a OS que administra o espaço há seis anos, termina no fim de abril. Os funcionários temem perder seus empregos.
“É arbitrária essa mudança”, disse Zé Renato, artista e produtor cultural e integrante da Frente Única dos Trabalhadores da Cultura, durante um protesto no viaduto do Chá, que reuniu trabalhadores do setor. “A Oswald de Andrade é hoje um dos lugares mais legais da cidade, onde você tem uma diversidade de cursos e isso de repente acaba.”
Hoje, o programa oferece oficinas, que buscam abarcar as diferentes linguagens artísticas, entre teatro, literatura e artes plásticas. Um dos cursos oferece, por exemplo, ensinamentos sobre a preservação de gravuras.
A secretária da Cultura, Marília Marton, afirma que decidiu mudar o perfil das aulas porque recebe muitas reclamações sobre a falta de assistência do governo na formação de novos profissionais da economia criativa.
“Um curso de quatro horas não vai formar ninguém. Vamos expandir a carga horária e levar esse programa para o interior do estado, de acordo com a demanda apresentada pelos municípios”, diz Marton.
Segundo a secretária, o CultSP Pro prevê 20 cursos diferentes, com cem turmas ao todo, dividido em 12 categorias, para abranger as diferentes necessidades do setor. Entre os cursos, estão um dedicado à gestão de carreira e outro ao aperfeiçoamento de fotógrafos.
A nova carga horária varia de 16 a 128 horas. “O programa está sendo reformulado para capacitar artisticamente esses profissionais dentro da cadeia da economia criativa”, diz Marton.
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Fonte: Uol