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A revista literária Guernica, publicação americana de alcance limitado mas prestigiado, deletou o artigo da escritora israelense Joanna Chen após o texto gerar polêmica a ponto de pelo menos dez pessoas da equipe do veículo pedirem demissão.
Segundo o jornal The New York Times, a autora discutia, no artigo, seus esforços para construir pontes e superar desconfortos com palestinos após o conflito que começou em 7 de outubro —Chen nasceu no Reino Unido e se mudou para Israel na adolescência.
Entre os jornalistas que decidiram abandonar a revista após a publicação —todos trabalhavam de forma voluntária— está uma antiga publisher, Madhuri Sastry, que escreveu nas redes sociais que o texto tentava “suavizar a violência do colonialismo e do genocídio”. Sastry defendeu ainda o boicote cultural a Israel.
Chen afirmou ao New York Times que seus críticos não entenderam o significado do ensaio, “que é sobre se aferrar à empatia quando não há decência à vista”. “É sobre a disponibilidade a ouvir e a ideia de que ficar surdo a vozes alheias não vai trazer nenhuma solução.”
A autora afirma que trabalhou no artigo ao lado da atual editora-chefe da Guernica, Jina Moore Ngarambe, e que não teve qualquer indicação de que a revista estava desconfortável com o artigo antes de sua retirada do ar.
O texto foi publicado em 4 de março e poucos dias depois já estava indisponível. O link que direcionava para o artigo agora vai para uma página que contém apenas uma mensagem institucional da Redação.
“A Guernica lamenta ter publicado este texto e o removeu”, diz o site, acrescentando que trabalha num relato mais minucioso explicando o caso.
A PEN America, entidade que defende a liberdade de expressão nos Estados Unidos, condenou a postura da revista. Segundo Summer Lopez, porta-voz da organização, “o trabalho publicado por um escritor ou escritora não deveria ser retirado de circulação por provocar protestos públicos ou fortes desacordos”.
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Fonte: Uol