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Aos 50 anos de carreira, o Judas Priest soa tão atual hoje quanto soava vanguardista nas décadas de 1970 ou 1980. Não é pouco para uma das bandas que ajudou a criar o heavy metal —e que, em vez de se aposentar e descansar por ter escrito um capítulo da história da música pesada, optou por seguir excursionando o mundo e lançando discos.
“Invincible Shield”, 19° álbum do grupo britânico, que chega nesta sexta-feira (8) às plataformas de streaming, tem uma vitalidade sonora capaz de agradar tanto aos fãs da banda que já têm cabelos brancos quanto aos mais novos.
“Contanto que você consiga se conectar com a geração mais jovem, há um futuro para o heavy metal e sempre haverá”, diz Ian Hill, o baixista do Judas Priest, em conversa por vídeo.
Aos 73 anos, Hill é o único membro da formação original do Judas Priest ainda na banda. Ele se expressa com clareza e convicção ao dizer que vê o público dos shows do grupo se renovar, que os jovens não são arrastados pelos pais ou pelos avós para os concertos e que, apesar da pouca idade, sabem cantar tanto as músicas recentes quanto as antigas.
Portanto, segundo ele, quem decreta a morte do heavy metal está “muito, muito errado”. “Eu acho que o heavy metal está numa boa fase. Apesar da nossa idade, ele nos mantém relevante, mantém a música relevante.”
É claro que mantém, como provam as 11 faixas distribuídas em quase uma hora no novo disco da banda. “Crown of Horns” tem guitarras que choram, enquanto “As God Is My Witness” traz não só um rife poderoso, mas também uma série de solos de guitarra. Contudo, é “Invincible Shield”, a enérgica segunda música do disco, que o baixista elege como uma das suas preferidas, dizendo que ela é um bom exemplo de tudo o que a banda é capaz.
As linhas de baixo do álbum novo foram escritas por ele em quartos de hotel da Europa durante a última turnê da banda, que comemorava o cinquentenário do grupo e passou pelo Brasil no final de 2022 em dois shows incendiários.
Mas de modo geral, “Invincible Shield” foi composto durante a pandemia —com as restrições impostas pela Covid, os músicos ficaram separados e acabaram gravando em estúdios diferentes nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Mesmo diante das adversidades, Hill afirma que o Judas Priest tentou dar um passo adiante em relação ao trabalho anterior, “Firepower”, lançado em 2018. A ideia, segundo ele, era fazer um álbum melhor.
“A maior parte das músicas é mais complicada. Não há faixas sutis, todas são pesadas, com andamento rápido. É um disco mais carregado que ‘Firepower'”, ele diz. “Não houve influências ou pressões externas. Tudo veio do que está dentro [da gente].”
Entre os dois últimos discos, o Judas Priest conseguiu um feito de fazer inveja —em 2022, a banda entrou para o Rock & Roll Hall of Fame, onde agora faz companhia a AC/DC e Black Sabbath como alguns dos poucos grupos de metal na lista de quem contribuiu de maneira significativa para a história do rock.
Ao recordar da apresentação da banda durante a cerimônia em Los Angeles em que a nomeação foi oficializada, o baixista descreve uma sensação de pertencimento do Judas Priest com os músicos de outros estilos que estavam presentes naquela noite, como se todos fossem uma família. É uma conquista e tanto.
Refletindo sobre a sua carreira, Hill se mostra satisfeito. “Eu acho que eu consegui mais do que sempre sonhei. Agradeço às minhas estrelas da sorte todos os dias.”
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Fonte: Uol