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A suposta maldição do amor do Oscar, lenda que cresceu em cima dos diversos casos em que atrizes, algum tempo após ganharem estatuetas, se divorciaram, voltou a ganhar atenção após duas atrizes compartilharem seus relatos no livro “50 Oscar nights”, de Dave Karger.
O mito chegou a ser reforçado por uma pesquisa publicada em 2011 conduzido pela Universidade de Toronto e pela Universidade Carnegie Mellon. Após investigar a vida de 751 atores e atrizes nominados ao Oscar entre 1936 to 2010, o estudo concluiu que vencedoras da categoria de melhor atriz têm 63% de chance de ver o fim de seus casamentos antes das que não venceram.
Agora, os depoimentos de Sally Field e Marlee Matlin para o livro de Karger ajudam a desmistificar esses dados.
Field, hoje com 77 anos e dona de duas estatuetas de melhor atriz, conta que seu então marido, o ator Burt Reynolds (1936-2018), se recusou a acompanhá-la na cerimônia do Oscar de 1980—em que foi premiada por sua atuação em “Norma Rae”— e no Festival de Cannes. Ele disse a ela que ela não ganharia o prêmio e demonstrou desânimo quando ela o surpreendeu. Os episódios ajudam a entender o desgaste que levou ao fim da relação.
Sete cerimônias depois, em 1987, foi a vez de Matlin de ter sua vitória amargada por seu companheiro. A atriz foi a primeira atriz surda e, na época com 21 anos, uma das mais jovens a ser premiada como melhor atriz, pelo filme “Filhos do Silêncio”. William Hurt, seu marido, também atuava no filme, mas venceu em sua categoria.
Quando o casal voltava para casa, Hurt questionou o mérito da Matlin. Disse que, enquanto ela ganhou o prêmio após um único filme, as outras atrizes indicadas tinham anos de esforço em suas trajetórias.
Tal como o casamento de sua colega de profissão, o dela não durou muito. E, mais uma vez, não necessariamente porque ela “privilegiou sua carreira no lugar de sua vida pessoal”, interpretação comum à lenda dos vários divórcios, mas por causa da relação do seu parceiro com seu sucesso.
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Fonte: Uol