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Dados referentes ao ano passado foram apresentados nesta quarta-feira (22) pelo Ministério da Educação (MEC). Alunos em sala de aula na rede de ensino do Amazonas
Euzivaldo Queiroz/Seduc
Os dados do Censo Escolar da Educação Básica 2023, divulgados nesta quarta-feira (22) pelo Ministério da Educação (MEC), mostram uma ampliação de 4,7% das matrículas em escolas privadas, de 2022 a 2023. Já a rede pública encolheu: houve uma redução de mais de 500 mil alunos nesse período.
Essa tendência vem se acentuando desde a pandemia de Covid-19. Veja os dados abaixo:
Rede pública:
2019: 47.874.246 matrículas
2020: 38.739.461 matrículas⬇️(pandemia)
2021: 38.532.056 matrículas ⬇️
2022: 38.382.074 matrículas ⬇️
2023: 37.881.305 matrículas ⬇️
Rede privada:
2019: 9.134.785 matrículas
2020: 8.791.186 matrículas ⬇️(pandemia)
2021: 8.136.345 matrículas ⬇️
2022: 9.000.046 matrículas ⬆️
2023: 9.423.327 matrículas ⬆️
➡️O que é o Censo Escolar? É um levantamento anual que traz dados sobre as escolas, os professores, os gestores e os alunos das redes pública e privada do Brasil, da creche até a Educação Para Jovens e Adultos (EJA). Por meio desses dados, o governo identificar os atuais problemas (como evasão escolar em determinada faixa etária) e formular políticas públicas mais certeiras.
Creches retomam crescimento
Uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) era atingir o índice de, no mínimo, 50% das crianças de 0 a 3 anos matriculadas em creches em 2024. A etapa, apesar de não ser obrigatória, traz benefícios para o desenvolvimento infantil e oferece a oportunidade de as mães voltarem ao mercado de trabalho após a gestação.
Segundo os números do Censo, o Brasil ainda está distante do objetivo, apesar de registrar uma melhora: em 2022, 36% dos alunos dessa faixa etária estavam na escola; em 2023, o patamar saltou para cerca de 41%.
“Foi a etapa que mais sofreu na pandemia”, afirma Carlos Moreno, diretor de estatísticas educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). “Agora, voltamos a crescer, e de forma bastante expressiva. Ultrapassamos os 4,1 milhões de alunos na creche.”
Distorção idade-série: quantos alunos estão na etapa correta?
Em 2023, no 6º ano do ensino fundamental, 15,8% dos estudantes não tinham a idade adequada (porque foram reprovados, por exemplo, ou porque abandonaram o colégio em algum período).
O maior percentual da distorção idade-série foi identificado entre alunos do 6º ano da educação indígena: 39,1%. Em seguida, estão a educação especial (36,4%) e a quilombola (28,4%). A menor taxa de inadequação estava entre os estudantes brancos (9,6%).
Entre os estados, Amapá (32,4%), Pará (31,7%) e Rio Grande do Norte (29,6%) apresentaram os maiores índices de distorção. Já aqueles com as menores taxas foram São Paulo (5,9%), Ceará (7,4%) e Mato Grosso (8,3%).
ESTA REPORTAGEM ESTÁ EM ATUALIZAÇÃO.
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Fonte: G1