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A banda Men at Work surgiu em 1978 em Melbourne, na Austrália, durou cerca de oito anos e só gravou três LPs de estúdio, lançados entre 1981 e 1985. Mesmo assim, vendeu 30 milhões de discos em todo o mundo.
No Brasil, era um verdadeiro fenômeno. Faixas como “Who Can It Be Now?”, “Down Under”, “Overkill”, “It’s a Mistake” e “Be Good Johnny” tocavam sem parar em rádios e danceterias. O sucesso da banda por aqui era tão grande que, em 1996, o cantor Colin Hay e o saxofonista Greg Ham montaram uma nova versão do grupo só para excursionar pela América do Sul e gravaram, em São Paulo, um disco ao vivo chamado “Brazil”.
Neste mês, Hay volta ao país para mais shows do Men at Work. O primeiro acontece neste sábado, no Qualistage, no Rio de Janeiro; a segunda apresentação será no Live Curitiba, na capital paranaense, na próxima terça-feira; e a última, no Vibra, na quarta-feira, em São Paulo. Ele será o único membro da formação original a participar dos shows no Brasil. Greg Ham morreu em 2012.
“Não poderia estar mais feliz com a banda que me acompanha”, diz Hay, de 70 anos, de Los Angeles, onde mora desde 1989. “Tenho um grupo de músicos excelentes, que amam a música do Men at Work. Como sempre, os shows no Brasil serão incríveis.”
Hay diz não conseguir explicar a peculiar conexão que existe entre a banda e o público brasileiro. “É algo difícil de pôr em palavras, mas talvez tenha a ver com o fato de que nossas músicas foram feitas no hemisfério sul e exprimam as sensações e o clima do sul do planeta, algo que os brasileiros entendem intuitivamente”, afirma ele. “Lembro que amigos australianos, que eram surfistas no início nos anos 1980, presenteavam surfistas brasileiros com fitas do Men at Work. E os surfistas sempre amaram nossa música.”
O primeiro disco da banda, “Business as Usual”, foi lançado em 1981 e coincidiu com a estreia da MTV nos Estados Unidos, o que acabaria por mudar a indústria da música, que passou a investir pesadamente na produção de videoclipes.
“Claro que o rádio ainda era a maior força de divulgação da música naquela época”, diz Hay. “Mas os videoclipes foram muito importantes para levar nossa música a todas as partes do globo. E a verdade é que, em 1981, 1982, só havia meia dúzia de clipes na TV —Michael Jackson, A-ha, David Bowie e nós!”
Mesmo no Brasil, país que só receberia a MTV na década de 1990, clipes como “Who Can It Be Now?”, “Down Under” e “It’s a Mistake” não paravam de passar na TV.
O cantor diz que a música do Men at Work se beneficiou do gosto eclético dos membros originais do grupo: “Éramos músicos interessados em boa música, não importava de onde viesse ou de que estilo fosse.”
Ele conta que, quando encontrou o guitarrista Ron Strykert —seu parceiro na criação das músicas—, eles passaram a absorver influências de tudo o que ouviam. “Adorava Bob Dylan, Ry Cooder, Little Feat, e violonistas como John Martyn e Nick Drake, mas também amava Frank Zappa e, claro, Beatles, Kinks, Stones e Who, toda aquela brilhante geração do rock inglês dos anos 1960.”
Mas a banda que mais inspirou Hay, pelo menos naquele período, foi The Police. “Que banda fantástica, não? Vimos o Police em Melbourne, em 1980, e aquilo realmente mexeu com a nossa cabeça. Era um trio perfeito.”
Men at Work e The Police têm algo em comum, são bandas que faziam música pop e acessível, mas com uma qualidade musical, de letras e arranjos, muito acima do simples hit radiofônico.
E como é o público do Men at Work hoje, 40 anos depois do auge da banda? “É incrível, mas o público é bem jovem”, diz Hay. “Eu diria que são pessoas entre 20 e 40 anos. Sou sempre o mais velho nos shows. Aliás, só não sou o mais velho quanto toco com Ringo!” O cantor tocou por anos com o ex-Beatle na Ringo Starr & His All-Starr Band.
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Fonte: Uol