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Foi na virada para o século 20 que Tenente Galinha, alcunha de João Antônio de Oliveira, comandou uma violenta tropa de polícia que cometeu incontáveis abusos no oeste de São Paulo. Da tropa real que daria origem à Polícia Militar paulista nasceu “Gambé”, livro do escritor e jornalista Fred Di Giacomo Rocha que é tema do encontro de fevereiro do Clube de Leitura Folha.
O personagem que dá nome ao romance, o segundo do autor nascido em Penápolis (SP), é um dos agentes dessa tropa que mete medo, estupra e mata. Gambé e seus companheiros são, assim, exemplares de parte da estrutura brutal que fundou a polícia e o Brasil.
O protagonista, no entanto, não é bem como outros —ele mesmo vítima da violência que destruiu sua casa e ameaçou sua família, o jovem policial não segue a vida incólume depois dos atos de barbárie.
Filho de mãe branca e pai preto, Gambé tem uma “cor sem nome”. Quando saiu de Mato Grosso para ganhar a vida, encantado com as possibilidades da matemática e as perspectivas do estudo, não imaginou que seu corpo passaria a ser espaço de tantas cicatrizes.
Nos anos de batalhão que aterrorizou o sertão paulista, ele viu e fez de tudo, não sem remorso. Só encontrou refúgio na amizade com um jovem integrante da tropa de quem se torna inseparável.
O Clube de Leitura Folha é mediado pela jornalista e crítica literária Gabriela Mayer, uma das apresentadoras do podcast Café da Manhã. Os encontros são virtuais e acontecem na última segunda-feira de cada mês, às 20h.
Para participar da reunião de fevereiro, no dia 26, é só acessar este link do Zoom ou ingressar na sala com o número de reunião 889 2377 1003.
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Fonte: Uol