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Retratos de mulheres, crianças e homens negros, presentes nos acervos de fotografia e iconografia do Instituto Moreira Sales, são analisados em dez ensaios na publicação “Negras Imagens − Formação a Partir do Acervo IMS”.
Os textos tratam da importância da quebra de estereótipos associados à imagem das pessoas negras, por muito tempo tidas como “exóticas” e retratadas, principalmente, por pessoas brancas. O livro digital de 182 páginas foi lançado neste mês e está disponível para download gratuito no site do instituto.
O conjunto de ensaios foi escrito a partir de debates feitos para a exposição ” Walter Firmo – No Verbo do Silêncio a Síntese do Grito”, de 2022. Em mais de 70 anos de trabalho, Firmo construiu um acervo imagético com mais de 150 mil fotos. A representação de uma negritude que protagoniza sua história é um dos temas centrais de seu trabalho.
As análises do livro foram feitas por um grupo de dez estudiosos, entre antropólogos, historiadores, curadores e artistas visuais, que tratam de obras contemporâneas, como imagens do coletivo Afrobapho, de 2020, objeto do ensaio feito por Ana Beatriz Almeida, o primeiro da publicação.
Mestre em história e estética da arte pelo Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, ela reflete sobre a concepção de tempo, de vida e de morte, utilizadas por civilizações africanas, que aparecem no vídeo do Afrobapho.
O livro analisa imagens feitas por artistas negros, que abordam as várias nuances da negritude —como consciência racial, construção de memórias e da autoestima—, e também fotos registradas por pessoas brancas, para questionar a criação de padrões negativos na representação da comunidade preta e parda.
Este é o caso do texto assinado por Ione da Silva Jovino, doutora em educação pela Universidade Federal de São Carlos, que examina imagens feitas pelo italiano Vincenzo Pastore, em São Paulo, no início do século 20.
No texto, Jovino aborda a criação e da repetição de estereótipos associados aos corpos negros, além das dinâmicas de segregação racial que se estabeleceram na cidade de São Paulo no início do século passado.
O texto da antropóloga Janaína Damaceno encerra a publicação. Nele a pesquisadora trata da representação da família negra, em especial da figura do pai, que aparece nas fotografias de Walter Firmo, segundo ela, para reafirmar a importância em desafiar os padrões negativos impostos pelo racismo.
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Fonte: Uol