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Foi um show especial o que Ivete Sangalo fez neste sábado (27), dia de abertura do Festival de Verão Salvador. No ano em que viaja o país com a turnê que marca três décadas de carreira e que o evento chega aos seus 25 anos, a baiana fez uma apresentação à altura do que celebra.
O que Ivete tem para comemorar é também a parte mais palpável desses marcos temporais —um festival preenchido por pessoas que cantam suas músicas há 25 anos, em todas as edições já feitas, para começar.
É que, com suas canções, a artista ajuda também a contar a história da música baiana. O setlist de Ivete é, por si só, um apanhado de estilos musicais e influências que a Bahia viu surgindo, passando e ficando nas últimas três décadas de Carnaval.
Ela emendou, por exemplo, “Faraó” de Margareth Menezes, “Ilê Pérola Negra”, de Daniela Mercury, “Mimar Você”, do Timbalada e “Banho de Folhas”, de Luedji Luna —canções que vão das décadas de 1980 a 2010.
“Salve a Bahia, salve o estado de glória que é Salvador, salve os ritmos originais dos quais todo mundo bebe e deve respeitar. Viva o povo negro da Bahia”, disse.
O show, acompanhado de cerca de 20 instrumentistas e um grupo de bailarinos, foi feito em cima de hits como “Poeira”, “Chupa Toda”, “Abalou” “Festa”, “Eva” e acompanhado por uma Ivete relaxada, que se divertiu e fez piada com o público, com suas músicas e até com o tempo que não poderia estourar. “Peraí, eu só tenho doze minutos ainda ou posso passar um pouquinho?”, brincou.
É claro que o extenso cardápio de hits cravados na cabeça do público e oferecidos por Ivete no palco marcam os momentos mais contagiantes da apresentação, mas também é interessante assistir a uma artista com três décadas de carreira em plena reinvenção.
As maiores provas disso são parceria com Ludmilla, “Macetando”, lançada em dezembro e cantada no início e no final do show, e “Cria da Ivete”, do Carnaval passado —ambas são representantes do pagodão baiano, sucesso absoluto da folia atual no Estado.
É que, além do carisma e energia sustentados durante toda a apresentação, a baiana também tem um faro musical que fez dela uma artista versátil, que se forjou no axé mas também soube acompanhar a renovação musical natural que o tempo traz.
No tempero de Ivete, por exemplo, também há o próprio pagodão, o samba-reggae, a lambada, o pop e o funk.
“Eu tenho uma coceira no corpo que faz parecer que eu tenho seis meses de carreira. Eu tenho que avisar aos senhores que, embora eu esteja comemorando 30 anos de carreira, esse é só o começo de uma nova era”, disse a artista, sempre respondida com gritos de “Puta que pariu, é a maior cantora do Brasil”.
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Fonte: Uol