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Aracaju
Após oito longos meses, chegou ao fim nesta sexta (19) a novela “Terra e Paixão”, mais uma trama escrita por Walcyr Carrasco na Globo para o horário das nove. O saldo, no fim, até que é positivo. Mas muito por uma insistência da emissora.
O folhetim terminará sua trajetória com 27 pontos de audiência na Grande São Paulo. São três pontos a mais que a antecessora “Travessia ” (2022). Apenas em seu último mês, o folhetim chegou nos 30 pontos tão sonhados para o horário.
Essa questão tem explicação. Nos primeiros dois meses, especialmente, “Terra e Paixão” foi marcada mais pelos seus problemas de estrutura do que qualquer outra coisa.
O casal de mocinhos interpretados por Bárbara Reis e Cauã Reymond não deu liga, e menos ainda a ideia de um triângulo amoroso com Paulo Lessa após a saída de Johnny Massaro na novela.
Aliás, vale um aparte para falar especialmente de Cauã Reymond. Apático e em seu pior papel na televisão, o ator parecia atuar apenas por ter um contrato fixo com a Globo. Erro de escalação, mas erro também dele em entregar um desempenho tão apático.
As coisas só entraram nos eixos após a entrada de Thelma Guedes como co-autora, ao lado de Walcyr. Com a ajuda de Thelma, Carrasco azeitou núcleos e teve duas boas sacadas: dar mais espaço para veteranos e criar uma vilã do zero, a malvada Agatha, em um grande momento de Eliane Giardini.
Após isso, e com os bons desempenhos de Tony Ramos e Gloria Pires, a novela se encontrou. Isso, claro, causou outras situações. Prometida no início da produção como uma vilã coadjuvante, Graça, feita por Agatha Moreira, se apagou e virou uma personagem secundária bem abaixo do potencial da atriz.
Outra situação foi o casal lésbico Mara (Renata Gaspar) e Menah (Camilla Damião). A atriz Renata Gaspar ficou tão incomodada com a falta de diálogo que desabafou nas redes. Curiosamente, após a fala, Walcyr e Thelma deram trama e profundidade para as duas.
Vale, claro, falar que a novela sempre acertou com núcleos de humor. Destaques para as revelações Amaury Lorenzo e Diego Martins, como o casal improvável Ramiro e Kelvin, e para Tatá Werneck e Rainer Cadete, como a dupla Anely e Luigi.
No fim da história, “Terra e Paixão” foi uma novela que passou de ano. Cumpriu a meta de conseguir entregar o horário das nove de forma digna para o remake de “Renascer”, mas não fisgou o público como ares de catarse como normalmente faz Walcyr Carrasco. Que ela tenha melhor sorte nas próximas tramas.
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Fonte: Uol