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Soja, sementes de papoula e de girassol, cevada, couve, amendoim e batata-doce. Juntos, os sete ingredientes formam a “salada espacial”, um prato vegetariano desenvolvido por pesquisadores para alimentar astronautas durante viagens interplanetárias.
A lista aparece em artigo publicado por cientistas da Austrália, Reino Unido e Estados Unidos na revista Food, Science and Techonology no final de dezembro.
No estudo, pesquisadores simularam em modelo computacional quais alimentos são tanto nutritivos quanto adequados às restrições de cultivo no espaço, como quantidade de água e reutilização de matéria.
A refeição vegetariana com os sete ingredientes se saiu melhor entre dez combinações, que incluiam opções com carne de frango, boi e frutos do mar. Nela, havia macronutrientes (carboidratos, lipídios e proteínas) e micronutrientes (vitaminas e minerais) necessários para um homem adulto.
A nutrição de astronautas é diferente de quem está na Terra. No espaço, os seres humanos enfrentam vibrações constantes, sensação de estar sem peso, radiação cósmica e pressões psicológicas que afetam o funcionamento do corpo.
Por isso, a Organização Mundial da Saúde, a OMS, recomenda que astronautas comam quase o dobro de carboidratos e proteínas do que um humano na Terra. Mas isso não impede o prato de ser replicado aqui.
Organizar os ingredientes em uma salada foi ideia de Volker Hessel, pesquisador do centro de recursos espaciais da Universidade de Adelaide, na Austrália. Ele queria que a refeição baseada nas plantas fosse agradável.
“Ficamos felizes ao transformar os vegetais em um formato alimentar comum. Eu chamaria o produto de um protótipo. Um prato de comida de verdade precisaria de temperos mais avançados”, explica Hessel.
Para garantir o sabor dos ingredientes, os pesquisadores organizaram uma degustação com dois homens e duas mulheres com experiência na área espacial.
Com exceção das batatas que foram cozidas, os ingredientes foram misturados in natura, com azeite de oliva e pimenta-do-reino.
O que eles disseram:
1º voluntário: amou o sabor, em especial a cevada e batata-doce.
2º voluntário: achou doce, parecida com salada gourmet.
3º voluntário: a cevada estava seca, mas apreciou a doçura da batata-doce e a crocância da combinação.
4º voluntário: não gostou no começo, mas repetiu o prato.
“Nosso objetivo é cultivar, colher e misturar todos os ingredientes no espaço. Eles também podem ser temperados lá mesmo”, afirma o pesquisador.
Como é a receita do modelo computacional
- 63 g de soja
- 155 g de semente de papoula
- 223 g de cevada
- 79 g de couve
- 25 g de amendoins
- 642 g de batatas-doces
- 18 g de semente de girassol
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Fonte: Folha de São Paulo