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Onde um vê lacuna, outro vê oportunidade. Foi assim que surgiu a editora Serra da Barriga, nascida primeiro da vontade do jornalista Jaime Filho de biografar o político Carlos Alberto Oliveira dos Santos, o Caó, autor da lei que tipifica o racismo no Brasil
Com alguma dificuldade em encontrar quem bancasse o projeto, ele consultou profissionais experientes do mercado como Vagner Amaro, da Malê, e Andreia Amaral, que passou anos como editora-executiva no grupo Record, e decidiu abrir sua própria casa editorial.
“O gênero da biografia desde sempre me interessou como leitor, e as editoras olham com pouco cuidado para personalidades negras”, aponta ele.
“O mercado reflete a sociedade, e a editora quer fazer parte da mudança pela qual estamos passando”, acrescenta Amaral, que acabou virando sua sócia e ressalta a ausência de pessoas negras trabalhando na indústria editorial.
A casa, então, se propõe a suprir a falta de biografias de pessoas negras nas livrarias —e os editores logo perceberam que isso também recontaria a história da música no país.
A casa estreia com a reedição de “Na Roda do Samba”, livro de referência lançado em 1933 —e há muito tempo esgotado— do jornalista Francisco Guimarães, conhecido como Vagalume. O escritor boêmio fez carreira no começo do século passado com crônicas de jornal que, como se viu depois, testemunhavam os primeiros passos do samba.
Está confirmada também para este ano a volta de três biografias escritas pela pesquisadora Marília Trindade Barboza: uma de Cartola, outra de Silas de Oliveira (ambas feitas com Arthur de Oliveira Filho), e uma de Paulo da Portela (com Lygia Santos). A coleção se chamará “Samba de Oliveira”, em homenagem ao sobrenome que os três dividem.
Prudente, Jaime Filho ainda não divulga inéditos —mas garante que não desistiu de seu Caó.
PAI E MÃE Em março, a jornalista catalã Begoña Gomez Urzaiz traz ao país “As Abandonadoras”, livro que reúne ensaios sobre mulheres que têm relações conflituosas com a maternidade —desde as que não querem ou se arrependem de ser mães até aquelas que vivem a experiência de forma turbulenta. São relatos de mulheres famosas como Ingrid Bergman, personagens ficcionais como Anna Karenina e pessoas comuns, como a própria autora.
OURO DE MINA Boa oportunidade para quem gosta do trabalho da cartunista Laerte. Todos os sete volumes de “Laerte Total”, que contêm tiras escritas pela colaboradora da Folha, foram reunidos no livrão “Laerte Total Gigante”, com quase 600 páginas de quadrinhos. A pré-venda no site da Z Stores (zstores.shop) dá direito a uma dedicatória da autora.
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Fonte: Uol