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CNN
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Aqui está uma olhada nos ataques terroristas de janeiro de 2015 em Paris. De 7 a 9 de janeiro, um total de 17 pessoas foram mortas em ataques à revista satírica Charlie Hebdo, a uma mercearia kosher e ao subúrbio parisiense de Montrouge. Três suspeitos dos ataques foram mortos pela polícia em confrontos separados. Em 16 de dezembro de 2020, um tribunal francês considerou culpados 14 cúmplices dos militantes islâmicos franceses por trás dos ataques.
A revista Charlie Hebdo começou a ser publicada em 1970 com o objetivo de satirizar religião, política e outros temas. A maioria dos funcionários vinha da publicação Hara-Kiri, que foi banida após zombar da morte do ex-presidente Charles de Gaulle.
O Charlie no título faz referência a Charlie Brown do desenho animado Peanuts. Hebdo é a abreviação de hebdomadaire, que significa semanalmente, em francês.
A revista deixou de ser publicada na década de 1980 por falta de recursos. Ele retomou a publicação em 1992.
Em 2006, o Charlie Hebdo reimprimiu caricaturas controversas do profeta Maomé que apareceram originalmente no jornal dinamarquês Jyllands-Posten. O presidente francês, Jacques Chirac, criticou a decisão e chamou-a de “provocação aberta”.
Em 2011, os escritórios da revista foram destruídos por uma bomba de gasolina depois de ter publicado uma caricatura do profeta Maomé.
Cherif Kouachi:
– Nasceu na França, de ascendência argelina.
– Durante seu impasse com a polícia, Cherif Kouachi disse à afiliada da CNN BFMTV que havia treinado no Iêmen com a Al Qaeda na Península Arábica (AQAP).
– Ele também disse à BFMTV que durante esse período se encontrou com Anwar al-Awlaki, o muçulmano nascido nos Estados Unidos que foi o rosto da AQAP até ser morto em 2011 num ataque de drones dos EUA.
Disse Kouachi:
– Nasceu na França, de ascendência argelina.
– A partir de 2009, Kouachi viajou frequentemente para o Iémen, passando lá meses seguidos.
– Autoridades dos EUA disseram que em 2011 Kouachi recebeu treinamento com armas e trabalhou com a AQAP.
Amédy Coulibaly:
– Nasceu na França, de ascendência senegalesa.
– Preso em 2010 por tentar libertar um argelino que cumpria pena por um atentado bombista no metrô em 1995 e passou algum tempo na prisão. Cherif Kouachi estava sob investigação pelo mesmo complô, mas não havia provas suficientes para indiciá-lo.
– Antes de ser morto pela polícia, Coulibaly teria dito por telefone à afiliada da CNN BFMTV que pertencia ao ISIS.
Hayat Boumeddiene:
– Nasceu na França, de ascendência argelina.
– Namorada de Coulibaly.
– Inicialmente, acreditava-se que ela participou do assassinato de uma policial em Montrouge e do subsequente ataque a um supermercado kosher.
– No entanto, uma fonte do primeiro-ministro turco disse à CNN que Boumeddiene entrou na Turquia em 2 de janeiro, chegando ao aeroporto de Istambul num voo proveniente de Madrid com um homem. Ela tinha passagem de volta para Madrid para 9 de janeiro, mas não conseguiu pegar o voo de volta de Istambul naquele dia.
– Além disso, uma fonte francesa próxima dos serviços de segurança do país disse acreditar que Boumeddiene já não se encontra em França e que terá partido para a Turquia, “é claro, para chegar à Síria”.
– O procurador de Paris, François Molins, indicou que Boumedienne e a esposa de Cherif Kouachi também se conheciam bem, dizendo que trocaram 500 telefonemas em 2014.
– Em 2020, Boumeddiene é julgado à revelia e considerado culpado de financiar o terrorismo e pertencer a uma rede terrorista criminosa.
7 de janeiro de 2015 –
– Aproximadamente às 11h30, homens armados invadem os escritórios do Charlie Hebdo em Paris. Os agressores supostamente dizem que estão vingando o profeta Maomé e gritam “Allahu akbar”, que significa “Deus é grande”, segundo Molins.
– Doze pessoas morrem: Oito funcionários, um convidado da revista, um funcionário da manutenção e um policial morrem.
– Após fugirem do prédio, os pistoleiros encontram outro policial na rua e atiram nele à queima-roupa.
– Mais tarde naquele dia, a frase “Je Suis Charlie” (“Eu sou Charlie”) começa a virar tendência nas redes sociais. Milhares de parisienses saem às ruas para fazer vigília pelas vítimas.
8 de janeiro de 2015 –
– A polícia nomeia os principais suspeitos, os irmãos Cherif e Said Kouachi. A polícia os procura numa área a nordeste de Paris, perto de Villers-Cotterêts.
– Um morto: Um homem armado vestido de forma semelhante aos do ataque ao Charlie Hebdo, todo de preto e com um colete à prova de balas, dispara e mata uma agente da polícia no subúrbio parisiense de Montrouge.
– Os irmãos Kouachi roubam comida e gasolina de um posto de gasolina perto de Villers-Cotterets, segundo um frentista.
– Um responsável pela aplicação da lei dos EUA disse à CNN que ambos os irmãos Kouachi estavam numa base de dados dos EUA de terroristas internacionais conhecidos ou suspeitos, conhecida como TIDE, e também estavam na lista de exclusão aérea, há anos.
– À noite, a Torre Eiffel escurece brevemente em memória das vítimas.
9 de janeiro de 2015 –
– Quatro pessoas morrem: De manhã, a polícia e as tropas das forças especiais francesas cercam um edifício em Dammartin-en-Goele, a nordeste de Paris, onde os irmãos Kouachi estão escondidos com um refém.
– À tarde, um homem armado entra numa mercearia kosher no subúrbio parisiense de Porte de Vincennes, fazendo reféns. O atirador é identificado como Coulibaly. A polícia também o liga ao ataque em Montrouge. Também foi identificado seu suposto cúmplice, Boumeddiene. As autoridades dizem que Coulibaly matou quatro reféns no supermercado.
– Cerca das 17 horas, a polícia lança um assalto ao edifício em Dammartin-en-Goele, onde se escondem os irmãos Kouachi. Os irmãos são mortos.
– Pouco depois, a polícia lança uma operação contra Coulibaly na mercearia kosher. Quatro reféns são mortos e quinze são resgatados. Coulibaly também é morto.
11 de janeiro de 2015 –
– Em toda a França, aproximadamente 3,7 milhões de pessoas marcham em manifestações anti-terrorismo. Em Paris, 40 líderes mundiais, incluindo o presidente francês, François Hollande, a chanceler alemã, Angela Merkel, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, marcham com uma multidão de 1,5 milhões de pessoas.
13 de janeiro de 2015 –
– Os serviços funerários são realizados em Israel para os quatro reféns mortos no mercado kosher. Netanyahu comparece.
– Hollande atribui postumamente a Ordem da Legião de Honra, a mais alta honraria francesa, aos três agentes da polícia mortos nos ataques, durante uma cerimónia em memória na Prefeitura de Polícia, em Paris.
– A Bulgária prende o francês Fritz-Joly Joachin com base num mandado de detenção europeu, citando alegadas ligações a terroristas e uma possível ligação aos irmãos Kouachi.
14 de janeiro de 2015 –
– Charlie Hebdo lança nova edição de sua revistaapresentando na capa um desenho animado do profeta muçulmano Maomé, segurando uma placa que diz “Je suis Charlie”.
– A AQAP assume a responsabilidade pela operação realizada no Charlie Hebdo.
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Fonte: CNN