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Janis Joplin é a mulher mais importante na história do rock. Sem ela talvez não existissem outras mulheres cantando esse gênero. Parece impossível imaginar hoje uma cena dessas, mas em 1963, quando ela trocou o Texas por uma São Francisco que começava a sentir as primeiras ondas na contracultura e do movimento hippie, meninas no rock eram só para fazer coro e umas dancinhas.
Ela levou na bagagem a influência das grandes cantoras negras do blues e do soul e uma força de vontade muito grande de fazer as coisas acontecerem. Com apenas 20 anos, Janis já era “cascuda”. Teve que suportar muito bullying na adolescência, por causa do sobrepeso, das roupas esquisitas e da extrema timidez.
O volume número oito da Coleção Folha Rock Stars, que estará nas bancas neste domingo (24), conta em detalhes todo o desafio de Janis numa cena dominada por garotos. Sua peregrinação por pequenos palcos só iria render frutos quando entrou para a banda Big Brother & The Holding Company, que ganhava destaque nas comunidades hippies da Califórnia.
Em 1967, o grupo se apresentou no Monterey Pop Festival, um evento-chave no movimento jovem de liberdade, paz e amor que estava em ebulição. Ninguém conhecia Janis Joplin até então, e quem esteve lá duvidou do que viu. Ainda bem que o cineasta D.A. Pennebaker, um dos grandes documentaristas do rock, registrou tudo.
Além da surpresa de uma voz meio-soprano esticada ao limite, entre o estridente e a rouquidão, Janis tinha uma presença no palco simplesmente inédita. Vale aqui reproduzir a descrição de Helton Ribeiro, coordenador da coleção e autor do volume sobre Janis. “No palco a música tomava conta do seu corpo. Ela fazia gestos fortes, às vezes quase espasmos, dançava, se requebrava e socava os pés no chão, acompanhando o ritmo. Eram performances literalmente físicas.”
O primeiro álbum da Big Brother & The Holding Company, que leva o nome da banda, chegou à posição número 42 na parada americana, feito gigantesco para um grupo alternativo hippie. Mas Janis ganhou tanta força nos meses posteriores, entre shows lotados, que a banda virou de vez um fenômeno.
Tanto que seu segundo álbum, “Cheap Thrills”, de 1968, alcançou o topo dos mais vendidos. Janis não era apenas a cantora, ela opinava na direção musical, sendo coautora de várias faixas. Ela cantou de forma totalmente inesperada “Summertime”, uma ária composta em 1934 por George Gershwin que se tornou um dos maiores hits de sua carreira.
Em 1969, fora do Big Brother & The Holding Company, lançou seu primeiro álbum solo, “I Got Dem Ol’ Kozmic Blues Again Mama!”, que vendeu um milhão de cópias. Novas gravações de estúdio só viriam à tona em janeiro de 1971, três meses após a morte precoce da cantora, aos 27 anos, de overdose.
Ela tinha deixado pronto “Pearl”, seu melhor disco, que vendeu 4 milhões de cópias nos Estados Unidos. Nele está “Mercedes Benz”, canção autoral que passou a ser sua mais importante gravação e está incluída na playlist de 20 músicas que pode ser acessada com um QR Code no volume da coleção.
Janis passou os anos de 1969 e 1970 como a grande rockstar da época, por seu sucesso e por seu comportamento subversivo. Namorava meninos e meninas, bebia (muito) uísque no palco, tomava drogas e falava palavrão em entrevistas.
Entre apresentações em turnês e shows antológicos, como sua performance bombástica do Festival de Woodstock, ela arrumou tempo de fazer uma tumultuada visita ao Brasil, no Carnaval de 1970. Participou de farras estrondosas e foi expulsa do Copacabana Palace por aparecer de topless na piscina do hotel.
A morte de Janis entristeceu milhões de fãs, mas quase todos sabiam que a vida emocional dela era uma perigosa gangorra, entre estados de euforia e depressão. Ficou eternizada sua frase: “No palco eu faço amor com 25 mil pessoas diferentes, e depois vou para casa sozinha.”
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Site da coleção: rockstars.folha.com.br
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Fonte: Uol