Coco Gauff ‘não consegue ficar chateada’ com os manifestantes climáticos que causaram um atraso de 45 minutos em sua semifinal do Aberto dos Estados Unidos

CNN
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Coco Gauff disse que não poderia “realmente ficar chateada” com os manifestantes climáticos que causaram um atraso de 45 minutos no meio de sua semifinal do Aberto dos Estados Unidos contra Karolína Muchová, na quinta-feira.

Gauff, que venceu a partida por 6-4 e 7-5 e chegou à sua segunda final de Grand Slam, liderava no início do segundo set quando ocorreu a interrupção.

Em um comunicado, o US Open classificou o incidente como um incidente “relacionado aos torcedores” no Estádio Arthur Ashe e disse que um participante “fixou-se no chão e devido à natureza desta ação, profissionais médicos, NYPD e pessoal de segurança foram necessários em ordem resolver o problema e retirar o torcedor da arquibancada.”

Enquanto o participante – que gritava sobre “questões ambientais”, segundo a transmissão da ESPN – era removido, os torcedores dentro do estádio aplaudiram.

Quatro manifestantes estiveram envolvidos e três deles “foram escoltados para fora do estádio sem mais incidentes”, segundo um comunicado da Associação de Tênis dos EUA.

“Ao longo da história, momentos como este são definitivamente momentos decisivos”, disse Gauff mais tarde aos repórteres. “Eu acredito nas mudanças climáticas. Eu realmente não sei exatamente o que eles estavam protestando. Eu sei que era sobre o meio ambiente. Eu acredito 100% nisso.

“Acho que há coisas que podemos fazer melhor. Eu sei que os torneios estão fazendo coisas melhores para o meio ambiente. Eu preferiria que isso não acontecesse na minha partida? 100%, sim. Não vou sentar aqui e mentir. Mas é o que é.”

Gauff e Muchová deixaram a quadra durante o atraso, enquanto os manifestantes eram escoltados para fora do estádio.

Os manifestantes climáticos também interromperam o Aberto da França do ano passado e os jogos do início deste ano em Wimbledon, onde espalharam confetes laranja e peças de quebra-cabeças na grama.

“Tive a sensação de que isso aconteceria neste torneio”, disse Gauff. “Aconteceu no Aberto da França, aconteceu em Wimbledon. Então, você sabe, seguindo a tendência, isso definitivamente iria acontecer aqui.

Ela acrescentou: “Não fiquei chateada com os manifestantes. Eu sei que o estádio foi porque simplesmente interrompeu o entretenimento. Sempre falo sobre pregar o que você sente e no que você acredita. Foi feito de forma pacífica, então não posso ficar muito bravo com isso.

“Obviamente, não quero que isso aconteça quando estou vencendo por 6-4 e 1-0 e queria que o ímpeto continuasse. Mas ei, se é isso que eles achavam que precisavam fazer para que suas vozes fossem ouvidas, não posso ficar chateado com isso.”

Gauff, a mulher mais jovem a chegar à final do Aberto dos Estados Unidos desde Serena Williams em 1999, enfrentará a bielorrussa Aryna Sabalenka em sua tentativa de conquistar seu primeiro título de Grand Slam.